POLÍTICA
Veja tudo que aconteceu no ato pró-anistia liderado por Bolsonaro
Em manifestação, Bolsonaro pouco citou sobre anistia e defendeu sua candidatura em 2026
Por Redação

O ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu, na tarde deste domingo, 6, apoiadores em um ato de manifestação na avenida Paulista, na região central da capital paulista. O protesto foi convocado por ele, para pedir a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília.

Bolsonaro 2026
Apesar do evento ser em defesa aos acusados, Bolsonaro tocou pouco no assunto. Na maior parte do tempo, o ex-presidente defendeu a própria inocência e uma eventual candidatura nas próximas eleições. "2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, escancarar a ditadura no Brasil. Se o voto é a alma da democracia, a contagem pública do mesmo se faz necessária", disse.

Negou tentativa de golpe
Em discurso, o ex-presidente disse que não houve "ato preparatório" para um eventual golpe, apesar de já ter admitido que "discutiu hipóteses" com militares.
"O primeiro movimento para um estado de sítio, de defesa, é convocar os conselhos. Nenhum conselho foi convocado, então, nem ato preparatório houve", disse. "Só um psicopata para falar que aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro foi uma tentativa armada de um golpe militar", disse Bolsonaro.
Ele ainda acusou a eleição de Lula como golpe."O golpe foi dado, tanto é que o candidato deles está lá", disse. "Vamos falar quem deu o golpe: quem tirou Lula da cadeia? [...] Quem descondenou Lula para ele fugir da Lei da Ficha Limpa e se tornar candidato?".
Em defesa por Débora
Bolsonaro também defendeu a cabeleireira Débora Rodrigues Santos, presa por participação no ataque golpista e por ter pichado a estátua "A Justiça", em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), com um batom.

Manifestantes vestidos de verde amarelo mostravam batons em referência a Débora, que já teve a prisão domiciliar concedida.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, ela aderiu ao movimento golpista desde o fim das eleições de 2022, e é suspeita de apagar provas e atrapalhar o trabalho de investigadores e da Justiça.
Fora Moraes
Durante o ato, os manifestantes fizeram coro de "Fora, Moraes" e levantaram criticas sobre a condução da proposta de anistia pelo presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).
O pastor Silas Malafaia atacou o deputado e afirmou que Motta está "envergonhando o honrado povo da Paraíba" por não se empenhar a favor do projeto de lei da anistia. Na semana passada, pressionado pela bancada do PL, o presidente da Câmara pediu "equilíbrio" a ações "sem mesquinhez", segundo relatado pelo Estadão.
Outras autoridades presentes
Além de Bolsonaro, estavam presentes na manifestação o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; o de Minas Gerais, Romeu Zema; o do Paraná, Ratinho Junior; o do Amazonas, Wilson Lima; o de Goiás, Ronaldo Caiado; o de Mato Grosso, Mauro Mendes; e o de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).

Parlamentares e outras autoridades, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também participaram do ato.
Público
Conforme levantamento realizado pelo Monitor do Debate Político, vinculado à USP e ao Cebrap, o ato reuniu 44,9 mil pessoas. A contagem foi feita no momento de pico da manifestação, às 15h44, a partir de fotos aéreas analisadas com software de inteligência
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