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29/05/2024 às 4:00 - há XX semanas | Autor: Claudia Lessa

De hotéis até casas de aluguel, São João estimula a economia

Com crescimento previsto de 7% este ano, os festejos juninos aquecem negócios nos municípios do interior

Pousada do Bosque teve 30 suítes alugadas com meses de antecedência
Pousada do Bosque teve 30 suítes alugadas com meses de antecedência -

A menos de um mês para o São João, os setores turístico, de hotelaria e de aluguel de casas por temporada nos municípios onde a festa junina tem forte tradição calculam um cenário otimista. Considerando ser o São João a maior festa popular do país, levando-se em conta que, só na Bahia, acontece fortemente em mais de 100 municípios, o Conselho Baiano de Turismo (CBtur) avalia que o crescimento dos festejos juninos no Estado em 2024 será diretamente proporcional ao do turismo baiano.

>> Estado investe R$ 132 milhões no São João do interior

“Nossa expectativa é que o São João da Bahia, deste ano, terá um aumento na faixa dos 7% em relação a 2023, mesma porcentagem que cresceu o turismo na Bahia em relação ao Brasil”, analisa o presidente da CBTur, Roberto Duran. O setor hoteleiro dos municípios que realizam o São João, por sua vez, já está aquecido. Em cidades concorridas, como Amargosa, Senhor do Bonfim, Santo Antônio de Jesus Amargosa, Ibicuí, Senhor do Bonfim, Cruz das Almas e Lençóis, a ocupação esperada em hotéis e pousadas é de 100%, conforme prevê a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (Abih-Ba).

A Pousada do Bosque, localizada no município de Amargosa, por exemplo, está com suas 30 suítes (55 leitos) reservadas há dois meses, quando foram abertas as vendas dos pacotes para o período de 20 a 24 de junho, com valores entre R$ 3.500 e R$ 4.500. “Abrimos as vendas em 1º de março e no mesmo dia vendemos tudo, principalmente para nosso público-alvo, que é Salvador. Oferecemos um serviço de qualidade, que é o nosso diferencial e que faz com que nosso estabelecimento seja movimentado durante todo o ano”, revela o proprietário Adailson Cerqueira.

Na Pousada Dedé, em Santo Antônio de Jesus, o clima é de contagem regressiva para os festejos. “O São João é a data mais aguardada do ano! O mês de junho é diferenciado para nós. Nossas expectativas são as melhores para esta época do ano, quando nossa pousada fica cheia de gente animada para curtir o melhor São João do Recôncavo Baiano e o nosso município vibra de energia. Oferecemos um café da manhã delicioso, incluindo várias opções de alimentos típicos dessa festa maravilhosa”, relata a sócia Simarla Velame. Como este é um período em que a cidade recebe pessoas de todos os lugares, para atender a alta demanda, ela conta que, além de hospedagem, disponibiliza serviço de restaurante e lanchonete para o público externo.

Pousada Dedé
Pousada Dedé | Foto: Divulgação

Um dos mais tradicionais de Santo Antônio de Jesus, o Antonius Imperial Hotel também aposta em um São João concorrido. “Nossos pacotes já estão sendo vendidos desde abril e a expectativa é que, até o final deste mês já não tenhamos mais disponibilidade. Nossa localização e o atendimento são nossos diferenciais. Ficamos na praça principal da cidade, perto de restaurantes, do comércio local e, principalmente, da área da festa e todos esses deslocamentos podem ser feitos a pé”, relata Simone Soares, responsável pelo setor de reservas, ressaltando que o município foi beneficiado com a divulgação antecipada da grade de atrações da festa da prefeitura, que contará com nomes como Xand Avião, Flávio José, Safadão e Calcinha Preta, “que atraem o público que gosta de São João de verdade”.

Festa e renda

Muitas pessoas aproveitam a época em que aumenta a procura por hospedagem para alugar seus imóveis durante o período festivo, rendendo um faturamento extra que varia entre R$ 3 mil a R$ 15 mil, por três a quatro dias. Da mesma forma, quem vai curtir a festa no interior em grupo de amigos ou com família grande considera mais vantajoso locar uma casa. “O aluguel de casas movimenta a economia local, uma vez que nós devolvemos esse dinheiro para o comércio local, fazendo girar a economia. O São João em si já causa um grande impacto na economia”, avalia a funcionária pública Nuza Cardoso, que coloca sua residência para aluguel há 20 anos.

Dona de uma ampla casa em Amargosa, com acesso por duas entradas distintas; quatro quartos, sendo três de casal; dois banheiros; duas salas; uma varanda; e duas cozinhas (uma externa, junto à área de lazer), com capacidade para até dez pessoas, incluindo crianças, Nuza conta que decidiu alugar sua residência quando viu a possibilidade de, com o dinheiro extra, fazer pequenas melhorias e/ou reformas na residência. A experiência foi bem-sucedida e, desde então, passou a alugar todos os anos, nesta época.

Nuza colocou a sua casa para alugar em Amargosa
Nuza colocou a sua casa para alugar em Amargosa | Foto: Arquivo Pessoal

“As pessoas que alugam sempre saem satisfeitas, e nós também. É muito boa essa satisfação mútua”, diz Nuza. O clima junino, completa, já está tomando conta da cidade. “Tanto os moradores, como os turistas aguardam ansiosos a divulgação da grade de atrações e a decoração pública para os dias de festa. Acredito que, este ano, o São João seja ainda mais marcante, já que, no ano passado, ainda estávamos nos recuperando da pandemia”.

O técnico em Redes de Computadores, Antonio Marcos Braga, é outro cidadão amargosense que também opta por alugar sua casa, na época do São João. Ele conta que ainda está finalizando uma pequena reforma para disponibilizar o imóvel. “Alugo todos os anos, geralmente, para 12 a 15 pessoas, que me contatam diretamente. O pessoal que alugou em 2023 já está aguardando meu sinal”, relata, contando, ainda, que o dinheiro que recebe do aluguel, normalmente, investe na própria residência.

Há quem prefira entregar seu imóvel a profissionais do ramo. A corretora de imóveis Rosane Almeida, que atua na região de Amargosa, revela que já chegou a locar 40 casas por temporada junina, antes da pandemia da Covid. “Mas, este ano, a expectativa é de alugar uns 15 imóveis. Faço meu trabalho com muita atenção e responsabilidade, só que hoje em dia a concorrência entre os colegas que fazem corretagem no São João aumentou bastante, bem como os preços por temporada”, justifica.

Negócios em torno dos festejos juninos vão movimentar mais de R$ 1,6 bilhão

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (Abih-Ba) acredita que as receitas que serão geradas, em 2024, com hospedagem, transporte, alimentação e comércio, durante o São João, ultrapassem as obtidas nos festejos juninos de 2023, que foram cerca de R$ 1,6 bilhão. “Para diversas localidades do interior com tradição da festa, este é o período de maior procura e movimento. A expectativa de negócios para este ano é que esses números sejam superados”, afirma Thiago Sena, diretor de Relações Institucionais da ABIH-BA.

Para os municípios maiores, que possuem mais oferta de meios de hospedagem, a busca se intensifica sempre a partir de abril e maio. Mas mesmo essas localidades com tradição de São João têm uma oferta limitada de hotéis, pousadas e albergues, sendo insuficientes para atender a grande demanda do período. “Portanto, as vagas se esgotam com muita antecedência. No ano passado, as cidades mais buscadas tiveram 100% de ocupação e a expectativa para esse ano é a mesma”, avalia o representante da Abih, destacando que deverá haver, também, um fluxo maior de turistas de fora da Bahia, “já que o São João tem sido divulgado com mais intensidade para as cidades emissoras de turistas em outros estados”.

A Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (Abav) também avalia que o setor terá um desempenho positivo. “A nossa festa junina acontece, praticamente, nos 417 municípios e o Governo da Bahia está indo nos principais polos para fazer a divulgação dos festejos baianos. Inclusive, na semana retrasada, a equipe do governo estadual foi em São Paulo e apresentou o São João baiano para mais de 200 agentes de viagem. Temos a certeza de que, depois do Carnaval, o São João é o festejo preferido”, avalia o presidente da Abav, Jean Paul Gonze. Nas cidades mais procuradas, como Amargosa, Senhor do Bonfim e Cruz das Almas, o dirigente da entidade ressalta que “se torna difícil conseguir uma hospedagem durante o período do evento”.

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