FRAUDE
Ex-controlador acusa prefeita de Ibititá de falsidade ideológica
Denunciante diz que nome foi usado de forma indevida em documentos oficiais da gestão Nilva dos Santos
Por Rodrigo Tardio
Assustado. Esse é o sentimento expressado pelo ex-controlador interno da Prefeitura de Ibititá, João Pedro Marques Gomes, desde o último mês de abril, após de acordo com ele, ter sido envolvido em um grave crime contra a Administração Pública.
João Pedro registrou um Boletim de Ocorrência (BO), no qual relatou que, após consultar o site do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), percebeu que o próprio nome foi usado em documentos oficiais de forma indevida pela gestão Nilva Barreto (PSD), atual prefeita de Ibititá.
O documento traz informações sobre licitações para aquisição de material de Expediente e Limpeza, ocorridas em dezembro de 2023. Além disso, João Pedro afirma que, no início de janeiro deste ano, quando já havia sido exonerado, foi procurado por um funcionário da Prefeitura de nome João Santana Júnior, o qual queria a assinatura no relatório interno de dezembro.
"Me recusei a colaborar com tal pedido e mesmo assim, meu nome consta no referido documento, disponível no TCM. Sou um profissional correto, íntegro e decente. Nunca fiz nada para envergonhar minha família ou desabonar minha conduta como contador.
João Pedro Fiz procurou a Polícia Civil para esclarecer os fatos e pedir uma investigação minuciosa. O próximo passo, de acordo com o ex-controlador, é a realização de um exame grafotécnico para confrontar a assinatura autêntica com a encontrada em documentos da gestão.
Previsto no artigo 299 do Código Penal, o crime de Falsidade Ideológica tem pena de até 5 anos de reclusão e multa, em caso de documento público.
As investigações, que estão em andamento, podem apontar para fraude, dano ao erário público e até formação de quadrilha. A atual prefeita também é acusada pelo Ministério Público e pela Câmara de Vereadores local de Nepotismo e diversas irregularidades em outros processos licitatórios.
A reportagem procurou a prefeita Nilva Barreto, que desmentiu a acusação e ficou de enviar mais esclarecimentos.
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