DESUMANO
Servidores de Feira de Santana fazem vaquinha para comprar alimentos
Salários da classe que atua como terceirizada na Saúde estão com até três meses de atraso
Por Da Redação

Os servidores que atuam em regime de terceirização de mão de obra na Saúde de Feira de Santana, centro-norte da Bahia, estão fazendo vaquinha para comprar alimentos, uma vez que os salários estão atrasados há dois e até três meses em alguns casos.
A denúncia é da vereadora Lu de Ronny (PV), que criticou a contratação de organizações para terceirizar funcionários, como o InSaúde (Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde).
“O prefeito Colbert Martins (MDB) disse que a categoria não tem que questionar sobre salários atrasados com ele, mas foi ele quem contratou a empresa”, disse a vereadora, em discurso na Câmara Municipal nesta quarta-feira, 26.
De acordo com o vereador Emerson Minho (PP), funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Queimadinha, procuraram a Casa Legislativa tentando arrecadar recursos com o objetivo de terem acesso à cesta básica.
Além de atrasar os salários, a empresa responsável por gerir a unidade, de acordo com o parlamentar, não adquire a quantidade necessária dos materiais e insumos para o atendimento dos pacientes.
“Tomei conhecimento que pacientes só podem utilizar uma bolsa de soro, e, se a pessoa precisar de mais hidratação, recomendam ir beber água em casa”, afirmou.
Preocupado, o vereador Luis da Feira (PP), disse que o problema com a falta de insumos não se restringe à UPA da queimadinha, e que já foi procurado por funcionários de outras UPAs e Policlínicas, que se queixaram da falta de materiais.
"O atual estado da Saúde de Feira de Santana é caótico e o Hospital Municipal projetado pela gestão do prefeito Colbert Martins, com menos de 10 leitos é pequeno. São pelo menos 50 pessoas a serem reguladas por dia. Este Hospital vai dar pra quê?”finaliza com o questionamento.
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