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UEFS realiza simpósio sobre Meliponicultura do Bioma Caatinga

Evento acontece entre os dias 14 e 16 de setembro e as inscrições já estão abertas

Publicado sexta-feira, 25 de agosto de 2023 às 21:59 h | Atualizado em 25/08/2023, 22:09 | Autor: Da Redação
A programação do evento ainda conta com concurso de fotografia
A programação do evento ainda conta com concurso de fotografia -

O I Simpósio de Meliponicultura do Bioma Caatinga, que vai acontecer na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), entre os dias 14 e 16 de setembro, já está com as inscrições abertas que devem ser feitas pela no site do simpósio, até o dia 13 de setembro, ou pessoalmente, no primeiro dia do evento. 

Conhecida como “Portal do Sertão” ou carinhosamente como “Princesa do Sertão”, a cidade de Feira de Santana foi estrategicamente escolhida para sediar o evento, dentre outros motivos, por estar inserida no bioma, ter a universidade (UEFS) considerada uma das melhores nos estudos sobre a Caatinga, inclusive com um herbário conhecido internacionalmente com a maior coleção de conhecimentos sobre a flora desse bioma. 

“O evento está sendo considerado um marco na meliponicultura profissional brasileira e mundial, sendo considerado o maior evento unicamente de meliponicultura realizado com 60 palestrantes de todo país, com ênfase em especialistas conhecedores do bioma, dentre eles se destacam 35% de meliponicultores, e 45% de técnicos e 20% de entusiastas”, explicou o Dr. em Agronomia Rogério Alves, um dos organizadores o evento. 

O simpósio reunirá especialistas, pesquisadores, apicultores, e entusiastas da conservação de várias partes do Brasil para discutir os benefícios e desafios da meliponicultura na região da Caatinga. Um dos objetivos do simpósio é fortalecer a cadeia produtiva da meliponiculturanesse, bioma exclusivamente brasileiro, através dos vários encontros oferecidos no evento. 

Com o tema "Meliponicultura: Profissionalização com Sustentabilidade", o simpósio abordará tópicos importantes, como a diversidade das espécies de abelhas nativas, sua contribuição para a polinização, potencialidade de comercialização de produtos derivados e a manutenção da biodiversidade local. 

“A meliponicultura é uma prática tradicional e sustentável que tem se mostrado vital na preservação da Caatinga. Ao contrário das abelhas exóticas (abelhas com ferrão), as espécies nativas não interferem no ecossistema local e, ao mesmo tempo, desempenham um papel crucial na polinização de plantas nativas, ajudando a manter o equilíbrio ecológico. Além disso, a atividade de meliponicultura oferece oportunidades de geração de renda para as comunidades locais, incentivando a conservação da fauna e da flora”, explica o Dr.  Gilberto Mendonça, professor pleno do curso de Agronomia da UEFS, e também um dos organizadores do simpósio. 

“O tema profissionalização com sustentabilidade estabelece uma diretriz a ser seguida na política pública, seja de cunho de geração de renda ou relacionada com o meio ambiente, desde que o objetivo é desenvolver a atividade que já é praticada desde o século 19 em nosso país, pelas populações rurais, principalmente do Nordeste. As abelhas constituem uma fonte de recursos que o homem não consegue produzir, como a polinização das culturas e plantas nativas e produtos alimentícios medicinais, como o mel, a própolis e o pólen”, acrescentou o professor-doutor Rogério Alves. 

A programação do evento ainda conta com concurso de fotografia, festival de curtas sobre abelhas nativas, visitas a meliponários e apresentação de trabalhos científicos. Tudo isso com foco na biodiversidade de abelhas e plantas do bioma Caatinga. 

Ao todo, em 3 dias de atividades, serão 60 palestrantes: 41 baianos, seis paulistas, dois pernambucanos, um carioca, dois sergipanos, três amazonenses, um mineiro, um catarinense, um gaúcho, e um americano. 

Há uma expectativa de que até 600 pessoas participem do evento, além dos visitantes em geral. 

Um dos destaques do evento é o Festival Gourmet, que contará com chefs de cozinha da Bahia, Estados Unidos e Santa Catarina. Os chefs vão demonstrar o uso dos produtos das abelhas nativas sem ferrão em receitas com produtos originários da caatinga e pratos consumidos nas comunidades locais. 

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