NEGLIGÊNCIA
Unidades de Saúde de Feira de Santana são acusadas de negar medicamento a pacientes
Problema persiste mesmo após emissão de circular assinada pela responsável da Atenção Básica Municipal
Por Da Redação
Pacientes que fazem uso da medicação conhecida como “noriporum” enfrentam problemas para seguir o tratamento na rede municipal de Saúde de Feira de Santana por dificuldade em conseguir a aplicação nas unidades do município.
O vereador Professor Ivamberg (PT) fez a denúncia em pronunciamento na Câmara Municipal, nesta terça-feira, 18, e acusou a gestão do prefeito Colbert Martins (MDB) de “descaso”. O parlamentar entende que há risco de que os pacientes passem mal ao realizarem a autoaplicação.
“É absurdo o paciente ter que escolher entre aplicar a medicação por conta própria, já que as consequências podem ser sérias, levando até a morte. Pacientes estão indo às unidades de saúde e em seguida são encaminhados para a policlínica. Quando chegam à policlínica, orientam retornar ao posto”, observou.
O problema persiste mesmo após a emissão de uma circular assinada pela responsável da Atenção Básica Municipal e distribuída em abril último pela Secretaria de Saúde, garantindo que as 133 unidades e 17 estratégias de atenção primária estariam devidamente capacitadas para oferecer o serviço.
A presidente da Câmara, Eremita Mota (PP), afirmou que a saúde municipal vive um “caos”.
"Um familiar de paciente tetraplégica disser que após comprar esta mesma medicação, se viu obrigada a fazer a aplicação na pessoa e precisou aplicar em mais dois pacientes. Tudo isso por não conseguir realizar o procedimento nos postos da Prefeitura de Feira”, reiterou.
Descaso no SAMU
Profissionais do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em Feira de Santana precisaram imobilizar com papelão, a perna de uma vítima de um acidente de trânsito. Um policial militar denunciou o fato à presidente da Câmara, Eremita Mota (PP). "O policial presenciou a lamentável cena. Este episódio é reflexo do descaso da administração municipal com a Saúde", afirmou Eremita.
Quem também se pronunciou foi o vereador Luiz da Feira (PP), que citou o fato da atual escassez de materiais e insumos.
"Os profissionais do SAMU precisam atender demandas com quantidade reduzida de ambulâncias devido a alguns veículos estarem quebrados. Os que funcionam também apresentam irregularidades. Um médico pediu desligamento do órgão por conta da situação de uma ambulância que levou entre 30 e 40 dias com lâmpada queimada. O resultado para a população, é a demora no atendimento”, finalizou o parlamentar.
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