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Projeto investe na recuperação de 26 nascentes na Bahia

Após o processo de identificação e recuperação, são aplicados diferentes métodos de recuperação das nascentes

Publicado quinta-feira, 25 de janeiro de 2024 às 17:28 h | Atualizado em 25/01/2024, 17:33 | Autor: Da Redação
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Uma iniciativa da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) está investindo na recuperação de 26 nascentes e sete veredas nos municípios de Angical, Barreiras, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves e São Desidério, no Oeste da Bahia. Trata-se do Projeto Nascentes do Oeste, mantido pela Aiba por meio do núcleo de Sustentabilidade, que já recuperou cerca de 100 nascentes desde seu início.

A ação, que está em sua terceira etapa, conta também com parcerias importantes, como produtores rurais, moradores das comunidades e prefeituras por meio das secretarias de Agricultura, Educação e de Meio Ambiente. O projeto busca preservar as águas e nascentes para o uso equilibrado dos recursos hídricos. 

Após o processo de identificação e recuperação, são aplicados diferentes métodos de recuperação, a exemplo do Caxambú, que consiste na construção de uma caixa filtrante que recobre a nascente, evitando que ela seja assoreada. Busca-se ainda evitar o pisoteio do gado, assoreamento, desmatamento das Áreas de Preservação Permanente (APP’s) e incêndios florestais, fatores que podem colaborar para a degradação das nascentes e veredas no Oeste da Bahia.

O analista ambiental da Aiba, Artur Ribeiro, é quem acompanha o projeto e explica que as ações de recuperação das nascentes contam com a construção de cercamentos visando a delimitação da APP para sua proteção. “Também a construção de cordão de contorno e barraginhas tem o intuito de conter processos erosivos, além de reflorestamento com mudas de árvores nativas do Cerrado e aplicação de métodos de recuperação”, pontua.

Para garantir a execução das frentes de recuperação de nascentes e veredas, a Aiba e o Programa para Desenvolvimento da Agropecuária (Prodeagro), com o apoio das prefeituras, disponibilizaram insumos, a exemplo de grampos, estacas e rolos de arame farpado, material de capina, mudas de árvores nativas do Cerrado, sementes de Andropogon e Mossai, fertilizantes e inseticidas, destinados para as nascentes e veredas identificadas.

Educação ambiental - Para despertar o interesse sobre a relevância de conservação da nascente e a preservação do recurso natural, o projeto ainda promove, aliado às ações de recuperação de nascente, ações de educação ambiental. O objetivo é sensibilizar a população sobre a importância da restauração e conservação das nascentes, além de dialogar com produtores rurais e membros das secretarias. O projeto já alcançou 307 pessoas nesta etapa e mais de 1000 desde o início, com as ações de Educação Ambiental

A intenção é formar propagadores de educação ambiental voltados à conservação e recuperação de corpos hídricos. Um exemplo foi a realização do curso online ‘Oficinas Formativas de Educadores Ambientais’, voltado para professores, coordenadores, secretários e técnicos das secretarias de Meio Ambiente, Agricultura e Saúde. 

Também foram realizadas outras ações, como encontros online, oficinas educacionais e gincanas com alunos, participações em eventos como o II Encontro dos Comitês de Bacias Hidrográficas Baianas (Ecoba), realizado em Barreiras, e a Feira do Conhecimento e Festa do Alho em Cristópolis. Outra iniciativa é o ‘Café com Prosa’, que vem surtindo muito efeito no convencimento em inserir os proprietários no projeto. 

Outra estratégia de divulgação é a Capacitação em Proteção e Recuperação de Nascentes, que chegou a mais de 140 pessoas em Angical, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves e São Desidério, para a identificação, diagnóstico e recuperação de nascentes e veredas.

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