PROCESSOS LICITATÓRIOS
MP arquiva investigação contra denúncias de fraudes em Maracás
Nenhuma forma de favorecimento político foi comprovada, sendo as investigações então arquivadas pelo MPBA
Após publicação deste veículo no último dia 16 de setembro, onde apontava-se que o prefeito de Maracás, centro-sul da Bahia, Uilson Novaes, conhecido como Soya (PDT), teria se tornado réu após o Tribunal de Justiça reconhecer denúncia apresentada no ano de 2020, esclarecemos que após apurações realizadas pelo Ministério Público e pelo Núcleo de Investigação dos Crimes Atribuídos a Prefeitos, foi concluído que, no que tange aos referidos contratos celebrados, não se restou comprovada nenhuma forma de favorecimento político e, portanto, as investigações foram arquivadas, o que caracteriza os elementos citados na publicação anterior como inverídicos nos esclarecimentos fáticos/jurídicos.
A denúncia encaminhada ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) pedia a instauração de procedimento investigatório para apurar crimes de formação de quadrilha, fraude à licitação, enriquecimento ilícito e improbidade administrativa, que teriam sido praticados pelo prefeito com a participação do secretário de finanças do município, Reginaldo Amorim Novaes, o qual teria direcionado licitações e contratações públicas para beneficiar empresas controladas pelo empresário Rewelton de Novaes, doador da campanha de Soya, a prefeito do município, em 2016, por intermédio das empresas Avante Construtora e Serviços LTDA.
De acordo com a denúncia a empresa Avante Construtora e Serviços LTDA já teria recebido mais de R$5.000.000,00, (cinco milhões de reais) de prefeitura através de processos licitatórios.
A denúncia ainda apontava que a Avante Construtora e Serviços LTDA, criada em 13 de julho de 2017, não possuía atestados técnicos, porém teria vencido praticamente todas licitações de obras, inclusive vencendo a primeira licitação em 17 de novembro de 2017, mesmo ano da criação, o que também de acordo com a denúncia, teria "nascido" para justamente vencer as licitações de forma "fraudulenta".
Sendo assim, após a denúncia anônima, o Ministério Público iniciou as investigações e, não encontrando nenhuma irregularidade ou favorecimento político, declarou o arquivamento, como supracitado.
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