ILÍCITOS
Prefeito de Catu sofre Ação Civil Pública do MP por dano ambiental
Órgão acusa ilícitos ambientais em propriedade do prefeito Pequeno Sales (PT)
Por Rodrigo Tardio
Em razão de danos ambientais, o Ministério Público do Estado da Bahia ajuizou, no último dia 14 de março, uma Ação Civil Pública contra o prefeito de Catu, Narlison Borges de Sales, conhecido como Pequeno Sales (PT).
Sales é acusado de ilícitos ambientais na Fazenda Mucambo, zona rural de Catu, área que seria de Preservação Permanente. Foi constatada a existência de um curso d’água alimentado por drenagem pluvial não declarada no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir).
Além disso o órgão apontou que no local existe um fabrico de carvão em forma de “caeira” sem autorização para a atividade, bem como a existência de poço sem a cobertura de outorga, além da construção de um tanque artificial para criação de peixes exóticos.
Um procedimento administrativo já havia sido instaurado pela Promotoria de Justiça contra o gestor a partir de uma denúncia anônima feita em dezembro de 2017, a qual apontava que na Fazenda Mucambo, que é de Pequeno Sales, estaria sendo desmatada.
No mesmo procedimento foram apontadas inconsistências nas informações declaradas por Pequeno Sales, no que diz respeito a duas Áreas de Preservação Permanente não declaradas, além da supressão de vegetação nativa.
Sales disse ao órgão que as supressões teriam sido feitas por invasores, e imediatamente o MP consultou a Polícia Civil para apurar algum registro policial sobre “invasão” na fazenda, e nada tinha sido registrado, porém a supressão de vegetação também foi descartada pelos técnicos do Inema.
Sales chegou a ser multado após ser fiscalizado pelo Inema por apresentar informações falsas e omissas que levassem a irregularidades nas inscrição da propriedade rural no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), além das demais irregularidades.
Em caso de descumprimento, Pequeno Sales deve pagar multa diária de R$ 500 reais, limitado ao teto não inferior a R$ 100 mil reais.
O MP-BA pede também que o prefeito pague indenização em valor ainda a ser liquidado pelos danos ambientais permanentes eventualmente constatados pela fiscalização do Inema; valor que deve ser revertido para o Fundo Municipal de Meio Ambiente de Catu ou, em estando o mesmo inativo à época, para o Fundo Estadual Congênere.
A reportagem procurou o prefeito Pequeno Sales, bem como a Prefeitura de Catu, na tentativa de localizar o prefeito, e não obtivemos sucesso no que diz respeito aos esclarecimentos.
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