IPIRÁ
Professores de Ipirá cobram reajuste salarial da categoria
A manifestação foi realizada em plena atividade da jornada pedagógica
Por Da Redação | Eduardo Tito
Professores de Ipirá realizaram nesta quinta-feira, 23, uma manifestação em plena jornada pedagógica para cobrar percentuais atrasados do reajuste salaria com base no piso nacional da categoria. Em 2022, o piso teve um reajuste de 33,24%, enquanto neste ano de 2023, o MEC anunciou 14,95% de aumento.
A diretora da APLB do município, professora Loiane Fernandes informou ao Portal A TARDE que o prefeito Dudy (PSD), além de não apresentar propostas, se nega a receber as propostas sugeridas pelos professores e fala também que o ato cobra reajuste para outros servidores das escolas da rede municipal, como segurança, agentes da limpeza, merendeiras.
"Foram realizadas três reuniões e, em nenhuma delas, o prefeito apresentou proposta para realizar o pagamento. Ano passado, sugerimos que ele [Dudy] pagasse 10%, e, a partir deste ano, iremos discutir a forma de pagar o restante. A categoria ofereceu proposta para pagar 1/4 com o Fundeb. Mas o prefeito descartou e disse que não tem nenhuma proposta para apresentar", disse Loiane.
A diretora da APLB ainda desmentiu o prefeito, que afirmou em entrevista, que os professores recebem de R$ 10 a 12 mil. "Não é verdade. O piso é 4 mil e alguma coisa e com vantagens não ultrapassa 8 mil". De acordo com Loiane, quem recebe este valor são poucos professores que praticamente já estão com quase 40 anos de carreira e migrando para aposentadoria.
Os professores retornam às atividades nesta sexta-feira, 24, e na próxima semana vão se reunir novamente para decidir as ações do movimento.
Vanda Barreto, secretária de Educação de Ipirá informou que "o prefeito está aberto a negociações, mas até o momento não foi possível dar o aumento. O dinheiro que vem do Fundeb não dá para pagar".
Uma fonte técnica da Secretaria de Educação do município disse que a gestão já compromete 97% do Fundeb apenas com pagamento da folha e que já foi realizada uma reunião em meados de janeiro com uma proposta apresentada pela APLB de 9%, e que, se esse aumento fosse dado, já comprometeria o orçamento.
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