APÓS RESGATES
Auditores fiscais repudiam críticas de Bruno Reis à fiscalização no Carnaval de Salvador
Prefeito de Salvador questionou o trabalho dos auditores durante o Carnaval após resgates de ambulantes em trabalho escravo
Por Redação

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT) emitiu uma nota de repúdio às falas do prefeito de Salvador Bruno Reis que criticou a atuação da Auditoria Fiscal do Trabalho no Carnaval 2025, insinuando que o trabalho dos profissionais havia sido realizada sem critérios técnicos e com viés político.
Nas redes sociais, o SINAIT disse que “toda a ação fiscal é respaldada em critérios estritamente técnicos e legais por meio de investigação documental e in loco, primando por garantir a todo o trabalhador os direitos essenciais de cidadania, dignidade, bem estar e segurança do trabalho”.
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A polêmica teve início após uma ação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que resgatou 303 vendedores ambulantes em condições análogas à escravidão durante o Carnaval de Salvador. A fiscalização constatou que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas de 14 a 20 horas diárias, sem intervalos adequados, e careciam de infraestrutura mínima para higiene e descanso, sendo obrigados a dormir nas ruas em condições precárias.
A Ambev e a Prefeitura de Salvador foram responsabilizadas pelas condições impostas aos ambulantes. Em resposta, o prefeito Bruno Reis classificou as acusações do MTE como irresponsáveis e acusou o órgão de tentar politizar a situação.
Ainda em resposta ao prefeito, a SINAIT disse que a fiscalização não pode ser atacada por fazer o que é obrigada a fazer: “Fiscalizar e contribuir para um ambiente de trabalho mais digno para todas as pessoas, especialmente as mais vulneráveis”
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