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A TARDE E ANOTA BAHIA

Futuro da medicina no estado é discutido no Bahia Meeting Saúde

Evento reuniu especialistas e gestores na área de saúde no Restaurante Bistrot Trapiche Adega

Por Gabriel Moura

26/09/2024 - 17:45 h | Atualizada em 26/09/2024 - 18:15
Palestrantes durante apresentação do Bahia Meeting Saúde
Palestrantes durante apresentação do Bahia Meeting Saúde -

O estudo da medicina no Brasil nasceu na Bahia em 18 de fevereiro de 1808, data da fundação da faculdade de medicina, e deu mais um passo nesta quinta-feira, 26, durante o Bahia Meeting Saúde, evento organizado pelo Grupo A TARDE e Anota Bahia que reuniu alguns dos principais nomes da saúde no estado.

Durante as duas horas da roda de conversa, o principal tópico foi inovação e como as novas tecnologias melhoram o atendimento e a relação entre médico e paciente. “O panorama da saúde na Bahia nos próximos 10 anos” foi o tema do bate-papo.

Participaram do talk o infectologista Roberto Badaró; o ortopedista David Sadigursky; a gestora da Fundação José Silveira Leila Brito; e o presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde da Bahia (AHSEB) Mauro Adan. Victor França, coordenador do curso de Medicina na Unifacs, fez a abertura e o jornalista Vitor Evangelista mediou o evento que teve como palco o Restaurante Bistrot Trapiche Adega.

Convidados durante o Bahia Meeting
Convidados durante o Bahia Meeting | Foto: Shirley Stolze / Ag. A TARDE

Uma das tecnologias mais defendidas foi a telemedicina. Apesar de enfrentar resistência de alguns profissionais da saúde e pacientes, a modalidade de atendimento trouxe benefícios principalmente para o acompanhamento do paciente.

"Antes o paciente precisava ir até o consultório só para entregar um exame, por exemplo. Um deslocamento que muitas vezes era de 400 quilômetros, no caso de pacientes vindos do interior. Hoje a telemedicina facilita muito casos assim. Dizem que o atendimento virtual afasta os médicos dos pacientes. Eu discordo. Na verdade ele permite o acesso à pessoas em locais mais distantes", argumenta David Sadigursky.

Dr. David Sadigursky, ortopedista e pesquisador
Dr. David Sadigursky, ortopedista e pesquisador | Foto: Shirley Stolze / Ag. A TARDE

Para o especialista, as inovações na área da medicina garantem não apenas um diagnóstico mais eficaz, como um melhor acompanhamento do paciente.

"A inteligência artificial, por exemplo, melhora esse acompanhamento, otimizando a troca de informações e qualidade do atendimento. O médico consegue se concentrar nos aspectos mais importantes da consulta e não precisa perder tempo com alguns detalhes", diz.

Avanços recentes

Boa parte dessas inovações receberam um impulso durante a pandemia, época onde os investimentos globais na saúde cresceram em busca não apenas da cura da covid-19, mas também na prevenção desta e outras doenças.

"A covid levou a ciência a criar uma vacina em menos de quatro anos, o que jamais ocorreu antes. Agora qualquer vacina nova pode ser feita dentro curto período, nos deixando mais preparados para uma nova pandemia ou até para a prevenção de doenças que já conhecemos", cita Roberto Badaró, referência mundial em infectologia.

Dr. Roberto Badaró, infectologista
Dr. Roberto Badaró, infectologista | Foto: Shirley Stolze / Ag. A TARDE

"Hoje também já temos tecnologias que detectam precocemente doenças, uma delas a sarcopenia, que é a perda de força muscular progressiva. Também há marcadores que possam detectar o desenvolvimento das doenças inflamatórias como a osteoartrite, tecnologias de tratamento que vão melhorar a dor dos pacientes. Inovações em ondas de choque, laser, campo eletromagnético e outras", cita David Sadigursky.

Envelhecimento da população

A chegada destas e outras tecnologias que evoluem o tratamento médico proporciona o aumento da expectativa. Na Bahia, a expectativa é que a curva populacional do estado inicie o declínio em 2035, deixando o estado não apenas com uma população idosa, mas também em diminuição.

Leila Brito, da Fundação José Silveira, avalia que não apenas a Bahia, mas o Brasil inteiro não está pronto para essa realidade. "Foi um processo muito rápido. No caso da

"Vamos precisar correr atrás. Temos que criar um país preparado para cuidar de idosos, o que envolve muita medicina preventiva. Temos que alertar aos jovens de hoje, idosos do futuro, que comecem desde já a prevenção, fazendo exercícios físicos e tendo uma alimentação saudável. Não basta apenas envelhecer, precisa envelhecer com saúde", defende a gestora.

Leila Brito, gestora do Núcleo de Desenvolvimento Estratégico da Fundação José Silveira
Leila Brito, gestora do Núcleo de Desenvolvimento Estratégico da Fundação José Silveira | Foto: Shirley Stolze / Ag. A TARDE

Apesar disso, a avaliação geral é que o setor de saúde da Bahia está em paridade de tecnologia não apenas com o resto do Brasil, mas o mundo.

"Os hospitais baianos, públicos e privados, são de padrão internacional. Temos as melhores tecnologias disponíveis no Brasil e no mundo. Tanto que não há necessidade de um paciente baiano deixar o estado para procurar atendimento em outro estado", celebra Mauro Adan, da AHSEB.

Mauro Adan, presidente da AHSEB
Mauro Adan, presidente da AHSEB | Foto: Shirley Stolze / Ag. A TARDE

Além disso, os médicos baianos do futuro já estão sendo formados com essa visão voltada para a tecnologia. "Na Unifacs temos salas de simulações avançadas, o que permite o aluno, desde o primeiro semestre, ter contato com atividades que chamamos de ensino em anamnese. Também temos atividades de ensino de exames físicos, que simulam a realidade. Isso permite que eles tenham uma experiência mais abrangente, sem atingir muitas vezes a ética no contato com o paciente", cita Victor França.

"Os alunos atualmente utilizam maniquins de simulação avançada, que emitem som, que simulam alguma doença, para que eles possam, quando em atividade com paciente, poder ser mais assertivos e, com isso, avançar dentro do ensino, da graduação de medicina", completa.

A soma dessas tecnologias deve formar o médico do futuro. "Esse profissional deve ser uma mistura de técnico, especialista, mas, acima de tudo, humanitário. Esse perfil é fundamental no aspecto global, especialmente em crises recentes como as da Ucrânia, Gaza e Líbano. Médicos que estão lidando em regiões cujas estruturas foram comprometidas. No Brasil, temos o caso recente do Rio Grande do Sul. A gente vê esse médico não como uma especialidade, mas como uma parte integrada da prática médica", defende Victor França.

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