SALVADOR
PCC mais forte? Traficantes soltam fogos após fim de aliança com CV
Com o fim da aliança, facção a Tropa do A deixou de existir em Salvador e cedeu comando completo para o PCC
Por Redação

Moradores de diversos bairros de Salvador foram surpreendidos com uma grande queima de fogos de maneira simultânea feita por integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O motivo, segundo infomações preliminares, seria o rompimento de uma aliança feita pelo PCC e o Comando Vermellho (CV), trégua que já vinha sendo adiantada pelo Portal A TARDE.
Com a quebra da aliança, entrou em extinção também na Bahia a Tropa do A, que deixou de existir e se tornou PCC. Em um dos vídeos, é possível ouvir traficantes celebrando: "Sussuarana agora é PCC".
Com o fim da Tropa do A, bairros como São Marcos, Pau da Lima, Jardim Cajazeiras, Sussuarana Velha e Cajazeiras XI, passam a ter domínio de uma das maiores facções do Brasil. Mais cedo, inclusive, um supostor recado teria sido feito pelos traficantes e compartilhado nas redes sociais.

Fim da trégua entre PCC e CV
O fim da trégua entre as duas maiores facções existentes do Brasil foi anunciada nesta segunda-feira, 28. O acordo de paz existente entre as duas organizações criminosas existia há dois meses, a fim de pressionar o governo a flexibilizar as regras do Sistema Penitenciário Federal (SPF), onde seus principais líderes estão encarcerados sob rígidas restrições.
Além disso, a trégua visava também o compartilhamento de rotas de tráfico e a pacificação nos presídios.
De acordo com informações confirmadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), diversas mensagens de texto, que circulam em aplicativos, mostram que as facções encerraram o acordo por meio de “salves” - expressão usada para descrever um tipo de “comunicado oficial” expedido pelas facções
Segundo informações da coluna Mirelle Pinheiro, o promotor de Justiça, Lincoln Gakiya, confirmou o fim da da parceria histórica e destacou que os interesses territoriais de ambas as partes e a disputa por tráfico são alguns dos principais causadores do rompimento. Segundo ele, nenhum dos lados quer abrir mão dos espaços que ocupam.
O promotor também pontuou que as facções têm perfis organizacionais que divergem, o que também dificulta a implementação da trégua.
O promotor ressaltou, ainda, que era até esperado que a trégua durasse pouco tempo. “A informação que tive conhecimento, já há algum tempo, é de que o Marcinho VP não teria dado aval para essa trégua, o que seria indispensável”, completou.
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