SALVADOR
Secretário rebate Coutinho e defende suspensão de ônibus em bairros
Fabrizzio Muller às críticas do comandante da PM-BA sobre o transporte público
Após os comentários críticos do comandante da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), Coronel Paulo Coutinho, sobre a suspensão do transporte público em alguns bairros de Salvador, o secretário municipal de Mobilidade, Fabrizzio Muller, decidiu rebater a autoridade policial na tarde desta quinta-feira, 31.
Segundo Muller, a responsabilidade pelos ônibus incendiados em Salvador nas últimas semanas é justamente da Polícia Militar, que não teria reforçado o policiamento em bairros após a realização de operações contra o crime organizado.
“É importante informar ao comandante geral da briosa Polícia Militar que grande parte dos ataques criminosos que provocam o incêndio de ônibus ocorreu após operações da PM. Como em alguns locais não houve reforço do policiamento após as operações, os criminosos acabam incendiando ônibus”, apontou Muller.
O secretário ainda reforçou que o pedido para a suspensão da circulação de ônibus em alguns bairros da cidade são consequência de pedidos dos trabalhadores rodoviários, que estariam com medo de atuar nos locais em que os criminosos estão queimando os veículos.
“Essa prática criminosa de queima de ônibus, infelizmente, tem se tornado recorrente, e a suspensão do transporte coletivo ocorre para garantir a integridade física dos profissionais e da população. Ninguém suspende o transporte público porque quer. O que todos nós queremos é mais segurança para as pessoas”, complementou Muller.
Durante a manhã desta quinta, o comandante da PM-BA afirmou que não concorda com muitas das decisões da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) quanto a interromper a circulação de ônibus, Para Coutinho, o ideal seria manter a rotina das comunidades.
"É um fato que precisa ser muito conversado e discutido, deixando claro que quem é prejudicada é a população. E nós não queremos isso", comentou.
“Vamos operar como força do Estado, fazer as prisões necessárias, mas gostaríamos que o ritmo do dia a dia da comunidade não fosse alterado. Infelizmente, não depende de nós. Temos um contato muito bom com o sindicato dos rodoviários, que, em diversas oportunidades, nos dá o ok para voltar a funcionar. Agora, quem regula isso é a Semob", acrescentou o coronel.
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