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17/10/2022 às 18:58 • Atualizada em 17/10/2022 às 20:18 - há XX semanas | Autor: Rafaela Souza

DIA NACIONAL DA VACINAÇÃO

Baixa cobertura vacinal infantil na Bahia preocupa especialistas

Estado apresenta números abaixo do esperado e não atinge as metas desde 2016

Especialistas destacam a importância de manter a vacinação das crianças sempre atualizadas
Especialistas destacam a importância de manter a vacinação das crianças sempre atualizadas -

Comemorado nesta segunda-feira, 17, o Dia Nacional da Vacinação reforça a importância das estratégias de imunização desenvolvidas ao longo de décadas e promoção do controle de epidemias no Brasil. As vacinas têm atuação histórica na erradicação ou diminuição da incidência de várias doenças graves, como varíola, caxumba, gripe, poliomielite, rubéola, sarampo e tétano.

A data representa também um dia de conscientização e acende o alerta em relação ao reaparecimento de doenças por conta da baixa cobertura vacinal, que vem ocorrendo na Bahia e no país como um todo. De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o estado não consegue atingir a meta do Plano Nacional de Imunizações (PNI) desde 2016, principalmente das vacinas do calendário infantil.

Entre os imunizantes que registram a baixa adesão estão: BCG, Hepatite B, Rotavírus Humano, Meningococo C, Penta, Pneumocócica, Poliomielite, Febre amarela, Hepatite A e Tríplice Viral D1. Em 2022, as taxas dessas campanhas alcançaram entre 34,47% e 49,78%.

A coordenadora de doenças imunopreveníveis da Vigilância Epidemiológica do Estado da Bahia, Vânia Rebouças, pontuou que a situação é considerada preocupante e representa um retrocesso diante dos avanços na saúde pública.

“Nós estamos com o índice de cobertura muito menor que o esperado. Esse cenário não é apenas na Bahia, mas nacional. Se formos fazer um recorte, estamos há seis anos sem atingir as metas preconizadas para o calendário infantil. Em 2022, ainda não conseguimos atingir nem 50% em nenhuma vacina e a nossa meta é de 95%. Com esse vazio, mais pessoas estão suscetíveis a adoecer e transmitir essas doenças. Isso nos preocupa porque ter um cenário epidemiológico mais confortável é consequência do êxito histórico de vacinação ao longo dos anos”, afirmou.

Desinformação

Segundo a coordenadora, a queda da cobertura pode ser motivada por uma falsa sensação de segurança em relação às doenças que não fazem mais parte do convívio da população.

"A gente costuma dizer que as vacinas têm sido vítimas do seu próprio sucesso. Atualmente, a população tem uma falsa ideia de segurança por não mais conviver com doenças que já foram controladas e eliminadas, e talvez isso seja um motivo da comodidade de não priorizar a procura das unidades para a atualização do seu cartão de vacinação”, destacou.

Para a médica infectologista Clarissa Cerqueira, a desinformação e a hipervalorização de efeitos adversos, que podem ser causados pela vacina, são questões que devem ser discutidas.

"A divulgação de notícias falsas e a hipervalorização dos efeitos adversos podem levar muita gente a ter medo de tomar vacina. As pessoas esquecem que tudo tem risco. A vacina tem risco, mas tem benefícios também. Então, quando a gente coloca na balança, o benefício da vacina é muito maior do que correr o risco de ter algum efeito colateral, que são casos bem raros", apontou.

Educação

A infectologista ainda destacou a necessidade de uma atuação educacional em torno da importância da vacinação através das famílias, escolas e campanhas para a população em geral. “A educação é a base de tudo e trabalhar essa questão é a principal estratégia para acabar com essas abstenções”.

Segundo a especialista, a forma como se trata o assunto com as crianças também deve ser avaliada. “A vacina não deve ser vista como algo ruim, que vai doer. Tem que falar que vai doer, mas vai ser bom. A vacina vai fazer tão bem que a dor vai valer a pena. Primeiro, a gente tem que mudar a nossa visão de como enxergamos a vacina para as crianças, para que elas aprendam com a gente que a vacina é uma coisa boa e não tenham medo”, explicou.

Oferta

Os municípios baianos dispõem de mais de três mil salas de vacinação ativas, conforme informações da Sesab. A coordenadora informou que todos podem se dirigir às unidades no horário de funcionamento para atualizar o histórico vacinal. “Nós temos vacinas para diferentes públicos e faixas etárias: crianças e adolescentes, adultos, idosos, gestantes. Temos um leque de vacinas que protege contra dezenas de doenças. Se conseguirmos manter elevadas e homogêneas coberturas vacinais a gente vai ter um risco muito reduzido no reaparecimento dessas doenças no cenário epidemiológico", alertou.

A partir desta perspectiva, Rebouças afirmou que a data nacional celebra a relevância da vacinação para a saúde pública. Contudo, ela ressalta que a população deve estar atenta ao cartão de vacinação durante o ano todo.

"A gente tem uma política de que a vacina é de janeiro a janeiro. As vacinas são extremamente relevantes para a erradicação e remissão de doenças, que não estão mais no nosso radar epidemiológico graças ao êxito da vacinação. O que a gente precisa relembrar nesse dia é que o ato de aplicar a vacina é importante não só para proteger apenas o indivíduo, mas principalmente para garantir a proteção da coletividade", completou.

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