TRANSMISSÃO VERTICAL
Brasil é país que mais elimina transmissão do HIV de mãe para filho
OMS entregará a certificação nesta semana

Por Luiza Nascimento

O Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o maior país do mundo a combater a transmissão do HIV de mãe para filho. Segundo anunciado pelo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta segunda-feira, 15, o Conselho da Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) visitará o Brasil nesta semana para entregar oficialmente a certificação ao governo brasileiro.
Em julho, o Brasil apresentou um dossiê à OMS com dados detalhados do SUS, que embasou a certificação internacional.
Sendo um problema de saúde pública, o ministro parabenizou o Sistema Único de Saúde (SUS) pelo combate à transmissão vertical. A estratégia possibilita o acesso aos testes rápidos realizados nas unidades básicas de saúde e à administração de medicamentos antirretrovirais para gestantes com HIV durante o pré-natal.
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“Felizmente, hoje não precisamos mais disso no país, nem da transmissão do HIV de gestante para bebê”, comemorou o ministro.
Duas cidades da Bahia eliminaram a transmissão vertical do HIV
Com o avanço das ações de apoio e acompanhamento, a Bahia tem se destacado no combate à transmissão vertical do HIV, que ocorre quando é passada de mãe para filho. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o número de crianças diagnosticadas após o parto de mães com a doença reduziu em mais da metade entre 2022 e 2023, quando passou de 3,6% para 1,9% dos casos. O estado ainda alcançou a meta da taxa de incidência nestes anos, sendo 0,1 crianças com HIV a cada 1.000 nascidos vivos (NV).
Os números coincidem com o relatório do Ministério da Saúde divulgado na última terça-feira. O documento mostrou que a taxa de transmissão vertical no Brasil, em 2023, foi inferior a 2%, e que a taxa de incidência de HIV em crianças foi menor que 0,5 caso por nascidos vivos. “Hoje, nós temos tratamentos e protocolos capazes de eliminar esse tipo de infecção”, garante Eleuzina Falcão, coordenadora de Doenças e Agravos Transmissíveis da Sesab.
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