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Maternidades estaduais realizam ações de combate à sífilis congênita

Publicado sexta-feira, 22 de setembro de 2017 às 15:27 h | Atualizado em 22/09/2017, 16:03 | Autor: Da Redação
Os atendimentos irão ocorrer das 7h às 13h, em maternidades e hospitais de Salvador e interior
Os atendimentos irão ocorrer das 7h às 13h, em maternidades e hospitais de Salvador e interior -

Em decorrência do Dia Estadual de Combate à Sífilis Congênita, neste sábado, 23, maternidades estaduais de Salvador e interior do estado vão realizar ações de conscientização, prevenção e testagem para o diagnóstico da sífilis em homens e mulheres.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, surgem cerca de 12 milhões de novos casos de sífilis no mundo. A doença durante a gestação, caracterizada como congênita, é responsável por 29% de óbitos perinatal, 11% de óbitos neonatais e 26% de natimortos. Quando a doença é transmitida sexualmente, ela tem tratamento e cura.

Segundo o secretário da Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, a sífilis congênita é uma doença de grande magnitude, transmitida durante a gestação, de uma mãe infectada para o feto. “É passível de diagnóstico e tratamento, mas caso não ocorra, pode causar abortamento, parto pré-termo, manifestações clínicas e/ou morte do recém-nascido", explica o titular da pasta.

De 2012 a 2017, foram mais de 5,5 mil novos casos de sífilis congênita registrados na Bahia. "A nossa meta é reduzir em 20% o número de novos casos até o fim de 2018 e eliminar todos os casos até 2021”, acrescenta Vilas-Boas.

Meta

Até 5 de setembro, foram notificados no estado, este ano, 795 casos e cinco óbitos por sífilis congênita. Em 2016, durante todo o ano, foram registrados 1.798 casos com 13 óbitos. Inicialmente, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) almeja uma redução de 20% na incidência da doença em menores de um ano até 2021. A previsão da secretaria é aumentar a cobertura da testagem durante o pré-natal em 80% até dezembro de 2021.

Nesse mesmo período, a estimativa para o tratamento é de ampliar a cobertura das ações de profilaxia de transmissão vertical da sífilis em gestantes/parturientes e em crianças expostas, com a oferta de 80% de tratamento adequado de recém-nascidos com sífilis congênita.

A Sesab afirmou que é obrigação dos municípios desenvolver ações efetivas para a administração da penicilina nas unidades da atenção básica; implementar ações de vigilância epidemiológica da sífilis, com destaque para sífilis em gestantes e da sífilis congênita, no município, em todos os níveis de atenção; notificar todos os casos de sífilis (adquirida, gestante e congênita); implantar/implementar a busca ativa de sífilis congênita em menores de dois anos, em hospitais, maternidades, dentre outros.

Programação

Na capital baiana, das 7h às 13h, o Instituto de Perinatalogia da Bahia (Iperba) e as maternidades José Maria de Magalhães Netto, João Batista Caribé, Albert Sabin e Tsylla Balbino, assim como o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), terão uma programação diferenciada neste sábado. Serão distribuídos preservativos, panfletos informativos, rodas de conversa, além da realização de testes rápidos para o diagnóstico de sífilis e, caso necessário, início imediato do tratamento.

No interior do estado, o Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, e os hospitais Regional de Guanambi e Geral de Ipiaú promovem atividades similares.

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