OPTIMAL-DIABETES
Nordeste se destaca em ensaio clínico de redução de pressão arterial
Projeto, focado em pacientes com diabetes, está sendo realizado pelo PROADI-SUS e o Instituto Albert Einstein
Por Flávia Requião
O Portal A TARDE esteve em visita no Albert Einstein, Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa - Centro de Educação em Saúde Abram Szajman, junto com a Bayer, nesta semana e teve a oportunidade de conhecer a estrutura inaugurada em 2022 e alguns projetos que estão sendo desenvolvidos.
Durante a visitação, o instituto antecipou algumas pesquisas que estão em andamento focadas em tratamentos da anemia falciforme, de doenças renais diabéticas e mentais, prevenção do Acidente Vascular Cerebral (AVC) e desenvolvimento da tecnologia na área da saúde.
Para falar sobre estudos, palestrantes mostram o processo de cada um dos trabalhos. Entre eles estavam presentes: o pesquisador Ricardo Weinlich, líder do grupo que está criando terapias gênicas para o tratamento de anemia falciforme de epidermólise bolhosa; a médica cardiologista Karla Espírito Santo, que estuda tecnologias digitais para melhorar a adesão a medicamentos e o monitoramento de pacientes; a doutora Erika Rangel, que pesquisa sobre terapia celular, doença renal diabética e lesão renal aguda, com contribuições em terapia regenerativa e redução da progressão da doença renal.
Além de Helder Nakaya, pesquisador da big data e bioinformática focado em respostas imunológicas e mecanismos de doenças, com inteligência artificial e machine learning para reposicionamento de medicamentos e identificação de biomarcadores em doenças como covid-19 e doenças psiquiátricas, entre outros profissionais.
Das pesquisas apresentadas, uma das mais relevantes está a Optimal-Diabetes, que é um estudo de larga escala que avalia o controle intensivo da pressão arterial para a redução de eventos cardiovasculares maiores em pacientes com diabetes.
O projeto, que está sendo realizado em parceria com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, PROADI-SUS, do Ministério da Saúde, teve início em agosto de 2019 e conta com 33 centros de pesquisa parceiros em todas as regiões do Brasil. Entre as regiões com maior destaque está o Nordeste com “potencial de inclusão e qualidade do trabalho apresentado por esses hospitais parceiros", conforme indicou a doutora Karla Espírito Santo, uma das responsáveis por apresentar o estudo.
“O hospital parceiro ou o centro de pesquisa ficam responsáveis pela inclusão e acompanhamento. Então, o destaque do Nordeste é que incluiu bastante paciente, a gente tem no mínimo sete centros na região.Em Salvador, Aracaju, Fortaleza, Maceió e Recife que tiveram inclusões muito altas, centros que incluíram 900, 600, 500 pacientes, a performance de inclusão de pacientes é muito boa e também a qualidade no acompanhamento. Esses pacientes vão seguir sendo acompanhados por quatro anos, eles retornam em consultas regulares para acompanhamento da pressão”, detalhou a cardiologista Karla.
Confira as equipes de colaboração parceiras do projeto no Nordeste:
.Salvador - Hospital Ana Nery;
.Fortaleza - Universidade Federal do Ceará /Hospital Universitário Walter Cantídio/Centro de Pesquisas em Diabetes e Doenças Endocrino Metabólicasa/ Instituto de Estudo e Pesquisas Clínicas do Ceará - IEP - CE;
.Aracaju - Centro de Pesquisa Clínica do Coração/Hospital Cirurgia;
.São Luis - Centro de Pesquisa Clinica do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão - CEPEC/HUUFMA;
.Maceió - Centro de Pesquisas Clinicas Dr. Marco Mota (Centro Universitario Cesmac/ Hospital do Coração de Alagoas);
.Recife - Pronto Socorro Cardiologico de Pernambuco Prof Luiz Tavares da Silva - PROCAPE/ UPE/ Pronto Socorro Cardiologico de Pernambuco Prof Luiz Tavares da Silva - PROCAPE/ UPE .
Ao todo, são 317 profissionais envolvidos e 9479 participantes da pesquisa.
*A jornalista viajou para São Paulo (SP) a convite da Bayer
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