SAÚDE
O que é mpox e como ela é transmitida?
Contágio da doença não tem nenhuma relação com a vacinação contra a covid-19
Por Da Redação
Conhece alguém que já apresentou os seguintes sinais: cansaço, febre, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, ínguas, bolhas ou feridas na pele? Pode ser a manifestação da mpox, doença viral transmitida de pessoa para pessoa. Vale o alerta: qualquer pessoa pode apresentar os sintomas.
Em caso de suspeita da doença, é muito importante procurar imediatamente uma unidade de saúde e evitar o contato com outras pessoas. Confira abaixo a situação epidemiológica do Brasil, as formas de prevenção e como é feito o tratamento para a doença.
Mpox e Brasil
De acordo com o Ministério da Saúde, até 30 de janeiro de 2024, foram registradas 57.333 notificações para mpox. Destas, 11.212 (19,6%) casos foram confirmados e 425 (0,7%) são classificados como prováveis.
De 1º de junho de 2022 a 30 de janeiro de 2024, o estado de São Paulo aparece como o estado com o maior número de casos confirmados: 4.356 (37,4%), seguido do Rio de Janeiro, com 1.610 (13,8%).
Até o primeiro mês deste ano, foram relatados 16 óbitos por mpox no Brasil, sendo 5 no Rio de Janeiro, 4 em Minas Gerais, 3 em São Paulo, 1 em Mato Grosso, 1 no Maranhão, 1 em Santa Catarina e 1 no Pará. A média de idade das pessoas infectadas pelo vírus é de 31 anos, atingindo predominantemente o sexo masculino.
Embora o cenário regional mostre a necessidade de manter a vigilância de novos casos de mpox no país, o panorama atual não caracteriza surto. O objetivo é interromper a transmissão da doença entre as pessoas, com foco prioritário em grupos de alto risco de exposição ao vírus, com medidas efetivas de saúde pública.
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Transmissão
A transmissão da mpox ocorre por contato (beijos, abraços, relação sexual) com secreções infectadas das vias respiratórias, feridas ou bolhas na pele da pessoa infectada; e também com o compartilhamento de objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão.
Está com algum sinal de mpox? Procure uma unidade de saúde para confirmação da doença por meio de exame laboratorial e para o tratamento adequado.
IMPORTANTE! Para casos suspeitos, evite o contato próximo com outras pessoas até o desaparecimento dos sintomas. A recomendação é fazer isolamento imediato e não compartilhar objetos e material de uso pessoal, como toalhas e roupas de cama, por exemplo.
Tratamento
Não há tratamento específico para a infecção pelo vírus da mpox. A atenção médica é usada para aliviar dores e demais sintomas e prevenir sequelas em longo prazo.
Fique atento à piora dos sintomas ou aumento da quantidade de bolhas e feridas no corpo, além de problemas nos olhos, como inchaço e conjuntivite.
Combate à desinformação
É falsa a narrativa que associa a mpox como efeito colateral de vacinas contra a covid-19. A infecção por mpox é causada por um vírus e não um efeito colateral de imunizantes. Repasse para os amigos e para a família que não existe a possibilidade de contrair a mpox, infecção viral, por meio da vacinação. Vacinas são seguras e criadas para combater e prevenir doenças.
Mudança de nome
A doença mpox ficou popularmente conhecida como varíola do macaco. Em maio de 2022, a Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr) publicou um informativo sobre o surto da doença em humanos ocorrido naquele ano, com o seguinte trecho: “O atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Todas as transmissões identificadas até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas”.
Segundo a SBPr, apesar do vírus receber a nomenclatura de varíola dos macacos, a doença não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Todas as transmissões identificadas pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas
No mesmo ano, a OMS designou o uso do termo Mpox, no lugar de varíola dos macacos (monkeypox). A necessidade de mudança do nome ficou ainda mais evidente quando, em algumas regiões do Brasil, a população, preocupada com o contágio, associou a doença ao animal, entendendo que o primata era o transmissor do vírus. Foram registrados ataques aos animais, como agressões, afugentamento e até mortes.
A OMS, conforme o processo de atualização da Classificação Internacional de Doenças (CID), realizou consultas para reunir opiniões de diversos especialistas, além de países e do público em geral, que foram convidados a enviar sugestões de novos nomes. Com base nessas consultas e em outras discussões técnicas, ficou definido o uso da nomenclatura mpox.
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