CONTAMINAÇÃO
Praias impróprias: saiba quais os riscos de banho no mar contaminado
Oito praias estão impróprias para banho devido à alta concentração de bactérias
Por Jair Mendonça Jr

Em Salvador, nesta sexta, 25, oito praias estão impróprias para banho devido à alta concentração de bactérias. Diante disso, o Portal A TARDE ouviu a dermatologista Maisa Pamponet para saber quais riscos os banhistas estão expostos pelo contato com microorganismos ou substâncias irritantes presentes na água contaminada.
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Segundo informações do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), as praias da Pituba, Armação, Boca do Rio, Corsário, São Tomé de Paripe, Bonfim, Pedra Furada e Rio Vermelho estão impróprias para o banho nesta sexta, 24.

Conforme o instituto, a água do mar se torna imprópria para o banho devido à contaminação por esgoto, lixo urbano e resíduos levados pelas enxurradas.
De acordo com a dermatologista Maisa Pamponet, titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as doenças dermatológicas são causadas, neste caso, pelo contato com microorganismos ou substâncias irritantes presentes na água contaminada.
- Dermatite de contato irritativa que é uma reação inflamatória causada por agentes químicos e poluentes presentes na água. Os sintomas incluem vermelhidão, coceira, ardência e descamação da pele.
- Micoses superficiais – infecções causadas por fungos que se proliferam em ambientes úmidos, podendo provocar lesões avermelhadas, coceira e descamação, especialmente em áreas de dobras.
- Infecções bacterianas, como celulite e erisipela – que ocorrem quando bactérias presentes na água contaminada penetram através de feridas ou lesões na pele, causando inchaço, vermelhidão, dor e febre.
- Bicho geográfico (larvas migrans): Infecção causada por larvas de vermes que podem entrar pela pele.
- Infecções por Vibrio vulnificus – embora mais raras, podem ocorrer em águas marinhas contaminadas e causar infecções graves, principalmente em pessoas com feridas expostas, pele sensível ou imunocomprometidas.
Conforme a dermatologista, o tratamento varia conforme o tipo de patologia e pode incluir cremes ou medicamentos orais como anti-inflamatórios, antibióticos e antifúngicos.
“A principal forma de prevenção é evitar o banho de mar entre 24 e 72 horas após chuvas intensas, especialmente se houver placas de advertência. Também é importante não entrar na água caso existam feridas ou lesões na pele e higienizar o corpo com água limpa após eventual contato com o mar contaminado. O uso de calçados ao caminhar na areia e cuidados especiais com crianças e idosos também são recomendados”, orienta Pamponet.
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