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31/07/2024 às 5:00 - há XX semanas | Autor: Gabriel Vintina*

SAÚDE

Saúde pública: acesso dos povos indígenas gera debate na Bahia

Encontro na UFBA Reforça Compromisso com a Inclusão dos Saberes Indígenas na Saúde

Imagem ilustrativa da imagem Saúde pública: acesso dos povos indígenas gera debate na Bahia
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O Centro Internacional de Estudo e Pesquisa da Saúde da População Negra e Indígena (CIEPNI) reuniu estudantes da área da saúde e lideranças indígenas, na tarde de ontem (30), para discutir questões como o acesso dos povos indígenas ao sistema de saúde pública, a importância da preservação dos conhecimentos tradicionais e os desafios de cursos de saúde para a população indígena, em formação acadêmica que respeite e incorpore essas tradições.

“A discussão sobre a saúde da população negra e indígena, sobretudo nesse ambiente em que estamos hoje, é muito importante para conhecermos, por exemplo, as dificuldades que os estudantes indígenas têm enfrentado na formação em saúde na Universidade. Nosso objetivo é dar mais protagonismo tanto a estudantes quanto a pesquisadores e professores negros e indígenas, bem como às comunidades tradicionais. Esse é o papel e o objetivo do nosso centro, o CIEPNI”, conta Antonio Alberto, Diretor da Faculdade de Medicina da UFBA.

Currículos inclusivos

Esta primeira atividade faz parte de uma jornada de formação interna do centro dedicada ao compartilhamento de saberes sobre a saúde dos povos indígenas. Na conversa de ontem, várias iniciativas foram propostas para contribuir para a construção de um sistema de saúde justo e acessível para todos os povos indígenas. Entre as iniciativas destacadas, estão a criação de currículos inclusivos, com matérias acerca da medicina indígena, a capacitação de profissionais de saúde e o fortalecimento das parcerias com lideranças e comunidades indígenas.

“Esse espaço representa para nós a possibilidade de escuta das comunidades, dos povos originários, os povos indígenas. Representa também a possibilidade de parcerias, intercâmbios de saberes, intercâmbios de experiências e, principalmente, de práticas de cura. A ideia é que possamos aproximar esses saberes, tanto os acadêmicos quanto os que estão nas comunidades, que vêm dos povos indígenas, dos quilombolas, dos ribeirinhos, e poder aproximá-los da Universidade e a Universidade deles também”, conta Ana Angélica Trindade, professora da Faculdade de Medicina e integrante do CIEPNI.

A participação das lideranças indígenas, como a pajé Japira Pataxó e Mestre Mayá Pataxó, foi crucial para a troca de experiências e conhecimentos durante o evento. Essas lideranças trouxeram suas perspectivas e vivências, enriquecendo o debate e contribuindo para uma visão mais abrangente dos desafios e soluções possíveis.

“Essa conversa foi de grande valia e importância para todos nós que aqui estávamos, indígenas, quilombolas e não indígenas. Foi um aprendizado muito rico para nós hoje à tarde, nesta casa linda e maravilhosa. Isso é muito importante porque há uma grande valia nos conhecimentos das duas formas de tratamento de saúde para nossa gente, tanto indígenas quanto não indígenas. É uma formação linda, maravilhosa e muito forte para nós”, relata Maria Muniz, conhecida como Mestre Mayá, liderança política e religiosa dos povos Pataxó Hã Hã Hãe.

Depois da conversa de ontem, o CIEPNI já está definindo seus próximos passos para consolidar as iniciativas discutidas. Além de planejar a ampliação do diálogo com as comunidades indígenas e demais partes interessadas, o centro está comprometido em implementar ações que visam transformar o ambiente acadêmico e a prática da saúde.

“Os próximos passos do centro envolvem termos uma reunião mais ampliada, a partir dessa escuta e das demandas que conseguimos identificar hoje, para pensar em formações que vão além das rodas de conversa. Vamos considerar pesquisas, estudos, cartilhas e o diálogo com a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), para ver como podemos ampliar e produzir materiais que cheguem até as comunidades. A partir de agora, é pensar fora da caixa, além de apenas artigos, mas no contexto mais amplo de como colaborar com essas comunidades”, conta Vanessa Pataxó, mestranda do Programa de Saúde, Ambiente e Trabalho na UFBA e integrante do Centro.

*Sob a supervisão do jornalista Luiz Lasserre

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