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Taxa de ansiedade em crianças e jovens avança e ultrapassa adultos

É a primeira vez que o dado foi registrado

Por Da Redação

31/05/2024 - 11:45 h
Alguns apontamentos são comuns para especialistas e citados em diferentes estudos: crises econômicas, climáticas, autodiagnósticos simplistas e uso excessivo de celulares e jogos
Alguns apontamentos são comuns para especialistas e citados em diferentes estudos: crises econômicas, climáticas, autodiagnósticos simplistas e uso excessivo de celulares e jogos -

Os registros de ansiedade entre crianças e jovens superaram os de adultos pela primeira vez, conforme indicou análise da Folha de S.Paulo a partir da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS de 2013 a 2023.

Segundo o levantamento, a taxa de pacientes de dez a 14 anos atendidos pelo transtorno é de 125,8 a cada 100 mil, e a de adolescentes, de 157 a cada 100 mil. Já entre pessoas com mais de 20 anos, a taxa é de 112,5 a cada 100 mil, considerando dados de 2023. A situação dos mais jovens passou a ficar mais crítica do que a dos adultos em 2022.

Ainda de acordo com o dado, o aumento dos casos reflexo de diversas motivações, mas alguns apontamentos são comuns para especialistas e citados em diferentes estudos: crises econômicas, climáticas, autodiagnósticos simplistas e uso excessivo de celulares e jogos.

Além da popularização dos transtornos e do maior acesso às informações, Guilherme Polanczyk, psiquiatra da infância e adolescência e professor da Faculdade de Medicina da USP afirma que há também o aumento de distorções sobre esses transtornos.

"Influenciadores têm simplificado esses transtornos cada vez mais nas redes sociais. Ansiedade é uma emoção que faz parte do repertório humano, todos nós sentiremos em algum nível, assim como a tristeza, que não significa depressão”, disse em entrevista à Folha.

De modo geral, a pesquisa mostra que a piora em índices de saúde mental se acentua a partir da segunda década dos anos 2000.

Além do maior acesso à informação pela internet, o período é marcado pela popularização do smartphone, com as câmeras frontais para selfies, nas redes sociais e dos jogos online.

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Tags:

ansiedade crianças jovens saúde mental tecnologia

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