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Vírus respiratório: 95% dos casos no ano são em crianças de 0 a 4 anos

Frequente no outono e inverno, infecções foram registradas em níveis altos fora da época, aponta Fiocruz

Publicado sábado, 08 de abril de 2023 às 11:32 h | Autor: Da Redação
VSR é perigoso para bebês, crianças e idosos
VSR é perigoso para bebês, crianças e idosos -

Novas internações de crianças por infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR) registraram um aumento expressivo nos estados brasileiros nos primeiros três meses de 2023. Entre janeiro e março, foram mais de 3,3 mil casos, sendo que 95% atingiram apenas bebês e crianças de 0 a 4 anos. Os dados são do Ministério da Saúde e monitorados pelo Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O Boletim apontou uma mudança de padrão na circulação do VSR, um vírus transmissível e perigoso para bebês, crianças e idosos. Comum na temporada de outono e inverno, ele aparecia pouco nos meses mais quentes, entretanto, o comportamento mudou nos últimos anos.

De acordo com os dados, o VSR causou mais infecções que o vírus da gripe. Em 2022, foram notificados 14.489 casos de VSR no país, sendo 13.542 (93%) na faixa etária de 0 a 4 anos.

A 'quebra' de sazonalidade do VSR pode ter sido causada de forma indireta pela pandemia de Covid-19, fazendo com que as infecções sejam registradas durante o ano todo, conforme a pesquisa.

A infecção pelo VSR pode evoluir de forma grave em grupos de risco, como bebês, crianças, idosos e portadores de distúrbios cardíacos congênitos ou doenças pulmonares crônicas.

O VSR circula junto com outros vírus respiratórios e é semelhante ao vírus da influenza,  causador da gripe. Entre os sintomas estão: febre, tosse, espirros, coriza e mal-estar. Em adultos com boa imunidade, eles desaparecem em alguns dias. Em contrapartida, nos grupos de risco, a infecção pode atacar brônquios, alvéolos e pulmões, o que pode ser fatal. Entre os sinais, estão febre alta, muita tosse e, principalmente, dificuldade para respirar.

Com alto teor de contágio, o VSR pode ser transmitido pelo ar ou pelo contato com objetos contaminados. A prevenção pode ser feita a partir de hábitos adotados na pandemia, como evitar aglomerações em ambientes fechados, higienização constante das mãos e uso de máscaras.

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