SAÚDE
Vírus respiratório: 95% dos casos no ano são em crianças de 0 a 4 anos
Frequente no outono e inverno, infecções foram registradas em níveis altos fora da época, aponta Fiocruz
Por Da Redação
Novas internações de crianças por infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR) registraram um aumento expressivo nos estados brasileiros nos primeiros três meses de 2023. Entre janeiro e março, foram mais de 3,3 mil casos, sendo que 95% atingiram apenas bebês e crianças de 0 a 4 anos. Os dados são do Ministério da Saúde e monitorados pelo Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Boletim apontou uma mudança de padrão na circulação do VSR, um vírus transmissível e perigoso para bebês, crianças e idosos. Comum na temporada de outono e inverno, ele aparecia pouco nos meses mais quentes, entretanto, o comportamento mudou nos últimos anos.
De acordo com os dados, o VSR causou mais infecções que o vírus da gripe. Em 2022, foram notificados 14.489 casos de VSR no país, sendo 13.542 (93%) na faixa etária de 0 a 4 anos.
A 'quebra' de sazonalidade do VSR pode ter sido causada de forma indireta pela pandemia de Covid-19, fazendo com que as infecções sejam registradas durante o ano todo, conforme a pesquisa.
A infecção pelo VSR pode evoluir de forma grave em grupos de risco, como bebês, crianças, idosos e portadores de distúrbios cardíacos congênitos ou doenças pulmonares crônicas.
O VSR circula junto com outros vírus respiratórios e é semelhante ao vírus da influenza, causador da gripe. Entre os sintomas estão: febre, tosse, espirros, coriza e mal-estar. Em adultos com boa imunidade, eles desaparecem em alguns dias. Em contrapartida, nos grupos de risco, a infecção pode atacar brônquios, alvéolos e pulmões, o que pode ser fatal. Entre os sinais, estão febre alta, muita tosse e, principalmente, dificuldade para respirar.
Com alto teor de contágio, o VSR pode ser transmitido pelo ar ou pelo contato com objetos contaminados. A prevenção pode ser feita a partir de hábitos adotados na pandemia, como evitar aglomerações em ambientes fechados, higienização constante das mãos e uso de máscaras.
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