SAÚDE
“Zona de Perigo”: saiba como tratar a virose do Carnaval
Risco de contágio aumenta durante a folia por conta da aglomeração e má alimentação
Por Da Redação
A combinação das prévias de carnaval, dos dias oficiais da festa, da aglomeração, má alimentação, excesso de atividades e pouco descanso pode resultar numa série de viroses que acomete o folião no pós-festa. Como tradição de todo ano, a virose deste ano foi apelidada de “Zona de Perigo”, música de Leo Santana, que ficou famosa durante a folia.
As viroses costumam aparecer com mais frequência após o carnaval pelo aumento do risco de contágio devido à aglomeração e ingestão de alimentos ou água contaminada. Segundo a médica pneumologista, Thania Sieiro, na maioria dos casos, a contaminação está relacionada a infecções do trato respiratório, como gripes, resfriados e gastrointestinais.
A especialista explica que os sintomas mais comuns destas viroses são: febre, dores musculares e de cabeça nos quadros respiratórios e náusea, mal estar, inflamação na garganta, diarreia, vômito e dor abdominal nos quadros de viroses intestinais.
A pneumologista, que também é professora do Centro Universitário de Excelência (Unex), em Feira de Santana, alerta que a falta de cuidado pode trazer prejuízos mais severos. As viroses respiratórias, podem evoluir para pneumonia e as viroses gastrointestinais podem evoluir para quadros de desidratação grave, por isso, em ambos os casos a avaliação médica é fundamental.
“É muito importante nesses casos o aumento na ingestão de líquidos, repouso e uma alimentação saudável. Nos casos respiratórios, associar a lavagem das narinas com soro fisiológico pode ajudar”, pontua.
Fisioterapia respiratória
De acordo com a fisioterapeuta Nivea Malafaia, a fisioterapia respiratória é um conjunto de técnicas que podem ser preventivas ou curativas e tem como objetivo dar suporte para que o paciente respire bem, através da mobilização de secreções, melhora da saturação (quantidade de oxigênio no sangue), reexpansão pulmonar, diminuição do trabalho respiratório, reeducação da função respiratória e prevenção de complicações.
“Pessoas que têm um agravamento de saúde por conta de uma doença viral, como a do carnaval, podem utilizar da fisioterapia respiratória, aliada com o tratamento médico, para avançar na melhora do quadro clínico. Isso porque conseguimos, através de exercícios e técnicas manuais específicos, favorecer a ventilação, a troca de gases respiratórios, reduzir o acúmulo de secreções no paciente, minimizando a fadiga e otimizando as funções pulmonares”, explica Nivea, que também é coordenadora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário UniFTC Salvador.
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