PERIGOS
5 riscos digitais e como proteger seus filhos, segundo a psicologia
De classificações etárias em apps a abuso digital, saiba como controlar o tempo de tela e a segurança das crianças

Com a inclusão cada vez mais precoce de crianças e adolescentes no universo digital, o desafio da segurança e do bem-estar psicológico nunca foi tão urgente. A exposição contínua a telas elevam os perigos como manipulação, cyberbullying e até mesmo abuso.
Um alerta recente veio com a prisão do youtuber João Paulo Manuel, o Capitão Hunter, investigado por exploração sexual infantil através de suas redes, evidenciando os riscos que os pais precisam enfrentar.
Diante deste cenário, a proteção vai além da nova classificação indicativa em aplicativos, exigindo o monitoramento parental e a compreensão dos impactos psicológicos do tempo de tela.
Para garantir a segurança integral dos filhos, a psicologia aponta os 5 riscos digitais mais comuns e as estratégias práticas que os pais podem adotar.
Caso de abuso digital
Nos últimos dias, um caso polêmico veio à tona. Ele envolveu o youtuber João Paulo Manuel, de 45 anos, conhecido como Capitão Hunter, que fazia vídeos para o público infantil, tinha seu conteúdo focado em “Pokémon” e produtos relacionados à série, como cartas e pelúcias. O famoso foi preso suspeito de explorar sexualmente crianças por meio de suas redes sociais.

Ele foi detido em uma ação conjunta das Polícias Civis (PC) do Rio de Janeiro e de São Paulo, na última quarta-feira, 22. João Paulo é investigado por exploração sexual infantil, crime tipografado no código penal como estupro de vulnerável.
O inquérito foi aberto na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) do Rio de Janeiro. A prisão temporária foi decretada pelo juiz da Vara especializada em crimes contra a criança e adolescente do Rio de Janeiro.
Classificação indicativa nos aplicativos
Buscando blindar as crianças e gerar uma maior atenção dos pais sobre esse assunto, o ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP) Ricardo Lewandowski, assinou, no dia 15 de outubro, uma portaria que estende os conceitos de restrição de idade aos aplicativos.
Tais classificações anteriormente eram usadas somente em produções audiovisuais, como filmes, séries e jogos. As seguintes classificações são:
- Livre para todos os públicos;
- Não recomendado para menores de 6 anos;
- Não recomendado para menores de 10 anos;
- Não recomendado para menores de 12 anos;
- Não recomendado para menores de 14 anos;
- Não recomendado para menores de 16 anos;
- Não recomendado para menores de 18 anos.
As medidas já estão funcionando e a classificação indicativa aparece ao lado dos aplicativos na Play Store ou App Store, dependendo do sistema operacional de cada usuário.

Influência das mídias digitais no psicológico das crianças
O meio digital afeta a diversas pessoas no mundo, e as crianças não ficam de fora disso, principalmente pelo motivo de que, atualmente, cada vez mais cedo as crianças têm acesso a celulares e outros tipos de telas.
Esse tempo de tela elevado tem vários efeitos no psicológico das crianças. A psicóloga Camila Gonzales disse ao Portal A TARDE que crianças que ficam muito tempo ligadas às telas têm uma tendência maior a se irritar facilmente além de ter uma baixa resistência à frustração.
Somado a isso, a psicóloga informa que os “estímulos rápidos e as recompensas frequentes reduzem a capacidade das crianças e adolescentes de lidarem com o tédio e atividades mais complexas".
Outros efeitos oriundos da alta exposição a telas, de acordo com a psicóloga, são:
- Ansiedade;
- Alterações de humor;
- Comparações;
- Cyberbulling;
- Sensação de exclusão digital.
Por causa disso, essas pessoas ficam “mais vulneráveis a perigos da Internet como assédios e abusos”.
Outro ponto afetado pelo alto tempo de tela, de acordo com Camila, é o desenvolvimento social dos mesmos, visto que “reduzem as interações sociais, impactando diretamente no desenvolvimento de habilidades como empatia, comunicação, reconhecimento de expressões faciais".
Classificação indicativa
A psicóloga ainda abordou a inclusão das classificações indicativas nos aplicativos, dizendo que é “uma medida importante, pois falta conhecimento, inclusive dos pais, se aquele aplicativo é adequado ou não à idade do seu filho".

Além disso, Camila apontou algumas medidas que os pais podem tomar para proteger seus filhos, priorizando “um bom relacionamento, com comunicação clara no estabelecimento das regras, monitoramento adequado de acordo com a idade dos filhos".
Somado a isso, ela ainda disse que mostrar mais opções de interação de lazer, “momentos em família ou prática de esportes".
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