NOITE DE GALA
Ex-cantoras do Cheiro de Amor celebram legado da banda: “Momentos marcantes"
Laurinha Arantes, Vina Calmon e Carla Visi compartilharam histórias de gratidão
Por Bianca Carneiro e Dara Medeiros
O palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves foi tomado por emoções e memórias nesta quinta-feira, 23, na celebração dos 45 anos do Cheiro de Amor. Participações mais do que especiais na festa, as ex-vocalistas Laurinha Arantes, Vina Calmon e Carla Visi compartilharam histórias de gratidão, reforçando o impacto da banda no axé e no empoderamento feminino.
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O Bloco Cheiro de Amor nasceu em 1980, a partir da ideia dos irmãos Wilton e Windson Silva, Manoel Castro e outros amigos da Península de Itapagipe. Laurinha Arantes cantou na banda em 1983 e 1984. Mas não só isso: ela fez história e se tornou a primeira mulher a puxar um trio elétrico na história do carnaval.
Em entrevista ao Grupo A TARDE, a artista destacou o orgulho de abrir caminhos para outras mulheres. "Os meninos não me queriam como cantora, e sim, como backing vocal. Conquistei meu espaço porque eles viram que funcionava e acabou que eu me tornei a primeira puxadora de bloco do planeta. Havia cantora, mas não puxadora, nenhuma mulher comandando um bloco, e graças a Deus, o Cheiro de Amor me deu essa oportunidade e eu pude abrir as portas para todas as mulheres que vieram de 83 até hoje”.
E uma dessas mulheres foi Carla Visi, cuja passagem pela banda foi de 1996 a 2000. Questionada se mudaria algo nesta trajetória, a cantora negou. “Eu acho que as coisas acontecem como devem ser e no caso, o Cheiro foi uma participação muito breve, rápida, de quatro anos e meio, mas que foram marcantes para minha vida e para a história da banda. Então, nada a lamentar”, disse.
No entanto, para Vina Calmon, o sentimento foi outro. Última a deixar a banda, antes de Raquel Tombesi assumir, a artista não escondeu que sentiu falta de uma grande despedida. Na ocasião, no início de 2024, após 10 anos de parceria com o grupo, a ex-vocalista teve um adeus discreto no carnaval de Salvador.
Porém, ainda assim, ela não deixou de celebrar a noite especial de história da banda. “Eu acho que esse é o momento da gente comemorar, e esquecer o que passou. A gente vive pela música, pela arte, pela história do Cheiro de Amor que eu fiz parte”, afirmou.
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