ENTREVISTA
De volta a “Renascer”, Juliane Araújo revela longa na Bahia: “Apaixonada”
Atriz considera um “acerto” o investimento em remakes para a televisão
Por Bianca Carneiro
No ar desde janeiro, “Renascer” foi outra obra da leva de remakes produzidos para o horário nobre pela Rede Globo. A trama, que se passa na Bahia, passou por algumas adaptações frente a novela original, de 1993.
Uma delas foi o retorno de Kika. A personagem, que na primeira versão foi vivida por Cláudia Lira e teve a história concluída nos primeiros meses, ganhou uma repaginada e promete movimentar ainda mais a história graças ao triângulo amoroso envolvendo Ritinha (Mell Muzzillo) e José Bento (Marcello Melo Jr), seu ex-marido.
>>> Sucesso em “Cangaço Novo”, Thainá Duarte está em filme de Aly Muritiba
Intérprete de Kika na novela atual, Juliane Araújo considera um “acerto” o investimento em remakes. Para ela, reescrever essas obras permite a atualização de pautas importantes. “Há novelas que marcaram época e permanecem no inconsciente coletivo. Relembrá-las é um prazer, além de permitir modernizar os debates e trazer uma nova leitura de acordo com os tempos atuais”, disse ela, em entrevista ao CineinsitePortal A TARDE.
De acordo com a atriz, a sua Kika teve uma boa aceitação do público. “Foi legal perceber que encararam a Kika como uma personagem que falava o que muitas vezes o público queria falar. Ela tem um olhar muito apurado para os debates e sempre aponta com muita lucidez”.
Por trás das câmeras
Além de atuar, Juliane também é roteirista e diretora. Ela diz que está se aprofundando na sua versão por trás das câmeras.
Os artistas que mais admiro são criadores, ocupam mais de uma função e impulsionam seus próprios projetos. Percebi o quanto isso era importante para mim e me fazia feliz em ‘Travessia’, o curta-metragem que idealizei e estreou nos festivais no ano passado. Isso abriu uma frente de trabalho enorme
Um dos seus roteiros, inclusive, se passa na Bahia. Trata-se de um filme de amor que se passa no estado, que ela diz admirar. “É uma história que aconteceu na Bahia e será filmado lá. Tenho um enorme amor pela Bahia. É o lugar no Brasil em que mais me sinto presente, criativa e apaixonada. Acho a Bahia um berço de cultura, resistência, magia e encanto. Tenho muito respeito pelo povo baiano e por tudo que já vivi e ainda viverei lá”, declara a carioca do Rio de Janeiro capital.
>>> Série brasileira rompe barreiras e é a mais vista na Netflix mundial
O filme ainda está em negociação e não tem data de estreia. De autoral, também está nos planos um curta. Até lá, Juliane ainda poderá ser vista nas telonas e telinhas em alguns projetos do streaming e no cinema: "Veronika", da Globoplay, e o longa "Infinimundo".
“Em Veronika, faço Renata, uma mulher intensa que tem uma enorme atração pelo poder. Foi uma personagem que exigiu de mim um profundo acesso a lugares difíceis, como a raiva e a ira. Em Infinimundo, a personagem é uma ‘vilã’ que tem um percurso muito interessante, baseado na cura dos seus próprios traumas, e em voltar a enxergar o amor sem tantas barreiras. Acho isso muito bonito e levo comigo essa ideia de tentar identificar onde não deixo o amor entrar”, conta.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes