ENTRETENIMENTO
Filha de Samara Felippo sofre racismo na escola
Atriz revela tristeza ao detalhar ofensas
Por Da Redação
A filha mais velha da atriz Samara Felippo foi vítima de racismo no colégio Vera Cruz, instituição de ensino de alto padrão em São Paulo. A instituição reconheceu em comunicado a agressão e informou que as alunas responsáveis foram suspensas.
O caso foi registrado na última segunda-feira, 22. De acordo com Samara Felippo, duas alunas da mesma série pegaram o caderno da filha e arrancaram todas as páginas de um trabalho de pesquisa antes de escreverem a frase "c# preto". Em seguida, o caderno foi entregue aos achados e perdidos da escola.
“Ainda estou digerindo tudo e, talvez, nunca consiga. Cada vez que olho o caderno dela ou vejo ela debruçada sobre a mesa, refazendo cada página, dói na alma. Choro. É um choro muito doído. Mas agora estou chorando de indignação também”, disse Samara Felippo em um grupo de pais da escola no WhatsApp.
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A atriz apontou ainda que os “atos hostis e excludentes” contra a filha dela vêm sendo cada vez mais violentos e reincidentes” na escola. A garota, por ser negra, já foi “excluída de trabalhos, grupos, passeios” e aceitava “aceitava qualquer migalha e deboche”, já que “queria fazer parte de uma turma”.
Na manifestação, Samara aponta que está preocupada com a saúde mental dos alunos negros da escola. Ela diz que já participou de reuniões sobre o tema, mas não foi resolvido.
“Quero que todos saibam a gravidade da situação à qual minha filha foi submetida e que a escola insiste em ocultar, atos esses que estão causando danos irreparáveis para as nossas vidas! E quando digo ‘nossa’ é de todos nós mesmo, pois o racismo é um câncer na nossa sociedade e não podemos nos calar”.
Para ela, a escola está "passando pano" para atitudes racistas, enquanto perdem a oportunidade de mostrar que o ato deve ser intolerável.
“Poderiam aproveitar um caso grave como esse para servir de exemplo para toda a comunidade escolar, mostrando o que é intolerável dentro de um estabelecimento de ensino em pleno 2024, mas vejo mais uma escola, que se diz antirracista e ‘intolerante’, tolerando e dando a famosa segunda chance, ou seja, PASSANDO PANO”, apontou.
O Vera Cruz confirmou a agressão racista e afirmou que está em contato com as famílias das alunas envolvidas. “Imediatamente foram realizadas ações de acolhimento à aluna, de comunicação a todos os alunos da série, bem como a suas famílias”, afirma.
“Nos dias seguintes, outras ações foram empreendidas, sempre no sentido de acolher a aluna que foi vítima dessa agressão, bem como no sentido de garantir que as alunas agressoras entendessem a dimensão do que haviam feito”, explicou a escola.
As agressoras foram impedidas de participar de uma viagem do colégio e estão suspensas por tempo indeterminado.
“A suspensão se encerrará quando entendermos que concluímos nossas reflexões sobre sanções e reparações, que ainda seguimos fazendo – fato também comunicado a todas as famílias diretamente envolvidas”, disse a escola.
O Vera Cruz afirmou também que não tinha conhecimento de outras atitudes racistas por parte de seus alunos.
“Ressaltamos que outras medidas punitivas poderão ser tomadas, se assim julgarmos necessárias após nosso intenso debate educacional, considerando também o combate inequívoco ao racismo”.
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