A TARDE AGRO
Pastagens degradadas serão convertidas em ações sustentáveis
Precisamos enfrentar as mudanças climáticas e cumprir as melhores práticas sustentáveis na originação nos solos, águas e mares
Por José Luiz Tejon
Em Brasília nesta semana teve a primeira reunião do Comitê de Comunicação do Plano de Conversão de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas em ações sustentáveis. Isso significa potencial para dobrar o agro brasileiro com práticas totalmente sustentáveis numa integração de plantio de florestas com modelos de diversificação de cultivos.
Essa ação com o conhecimento brasileiro desenvolvido ao longo dos últimos 50 anos, ao lado de institutos agronômicos, universidades e a Embrapa, permitiram realizar em solos fracos e nos biomas tropicais do país uma autêntica revolução, pois onde se acreditava que a produção de alimentos não dar-se-ia, ao contrário, nos transformamos na 4ª maior agricultura do mundo.
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Porém, hoje, precisamos enfrentar as mudanças climáticas e cumprir as melhores práticas sustentáveis na originação nos solos, águas e mares. Precisamos plantar árvores junto com alimentos, energia, fibras e inclusão social, já conscientes dos mercados de carbono e biometano.
Carlos Augustin, coordenador do programa no MAPA, é coordenador do programa de conversão, e apresentou oportunidades para que tenhamos início neste movimento que terá importância vital na imagem do país para o mundo. Temos no Plano Safra o item RenovAgro com 7% de juros ao ano.
Temos oportunidades junto ao programa Fundo Clima. E certamente contaremos com áreas do capitalismo consciente nacional e internacional que se interessará por um projeto que, além de criar segurança alimentar, energética e ambiental, servirá como modelo de luta contra a desigualdade social, fome e pobreza na imensa maioria dos países do cinturão tropical do planeta terra.
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São mais de 80 países entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, reunindo quase a metade da população da terra, com renda média abaixo da metade das expectativas da dignidade humana, e totalmente dependentes de crescimento econômico e de alimentos para suas populações.
O Brasil aprendeu a fazer agronegócio no ambiente tropical do mundo. Realizar esse plano sob ciência, educação, sustentabilidade, com recursos humanos de produtoras e produtores, técnicos, cooperativas, não só será vital para o ambiente brasileiro e nossos desafios de mudança climática, como será uma voz de efetiva contribuição para todo o planeta, e os povos do cinturão tropical da terra.
Afinal como dizia Alysson Paolinelli, in memorian, a agricultura de clima temperado trouxe o mundo até aqui, daqui para frente quem vai levar o mundo será a tropical. O plano de conversão de 40 milhões de pastagens degradadas será feito. Por quê? Simples, porque precisa ser feito e será vital para todos.
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