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Com 93% no IPC do CNJ, TJBA supera São Paulo e Rio de Janeiro

Adriano Sandes*

Por Adriano Sandes*

21/11/2025 - 5:08 h | Atualizada em 24/11/2025 - 12:38
Adriano Sandes, Juiz de Direito Titular da 1ª Vara Cível de Juazeiro-BA
Adriano Sandes, Juiz de Direito Titular da 1ª Vara Cível de Juazeiro-BA -

Enquanto o Judiciário brasileiro vive sob constante escrutínio público, há conquistas que merecem ser gritadas aos quatro ventos. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) acabou de cravar seu nome no topo do ranking nacional de produtividade, e isso não pode passar despercebido.

O relatório "Justiça em Números 2025" do CNJ trouxe uma notícia que deveria estar estampada em todas as manchetes: o TJBA é o tribunal mais eficiente entre os seis de grande porte do país. Com 93% no Índice de Produtividade Comparada, deixou para trás gigantes como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A média nacional? Apenas 65%.

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Mas tem mais. A taxa de congestionamento do tribunal baiano é a menor do Brasil nessa categoria: 60,1%. Significa que, enquanto outros tribunais acumulam processos parados, na Bahia a máquina funciona.

Por trás desses números está uma mulher que não tem medo de enfrentar desafios. A desembargadora Cynthia Maria Pina Resende assumiu a presidência sabendo das dificuldades, mas transformou limitações em oportunidades. Sua gestão combina coragem para inovar com a sensibilidade de quem conhece a realidade de quem trabalha no dia a dia forense.

Os dados individuais impressionam ainda mais. Cada servidor da área judiciária do TJBA baixou 349 processos em 2024 – a média nacional não passou de 218. Entre magistrados, foram 3.449 processos por cabeça, contra 2.574 da média brasileira. Números que falam por si só.

Há um paradoxo que torna essa conquista ainda mais extraordinária. O Tribunal vive uma carência crônica de pessoal. Aposentadorias que não foram repostas, concursos que tardaram a sair, um quadro envelhecido. A própria Presidente reconhece publicamente esse "déficit imenso". Mesmo assim, o bom resultado veio.

Como explicar tamanha produtividade em meio à escassez? Simples! Gente comprometida faz a diferença. Magistrados que estendem expedientes, servidores que vestem a camisa, uma administração que não esconde problemas mas encontra soluções criativas.

A aposta na tecnologia tem dado certo. Processos digitais, inteligência artificial, modernização dos sistemas – tudo isso sob a batuta de uma gestão que entende que inovação não é luxo, é necessidade. E os resultados estão aí para comprovar.

Desde 2022, com incremento do orçamento, houve investimento certeiro em uma máquina que funciona e entrega resultados. A execução orçamentária é quase integral, provando que cada real é bem aplicado.

Há quem torça o nariz para elogios ao Judiciário. Compreensível, diante de tantos problemas históricos. Mas justiça se faz reconhecendo méritos onde eles existem. E no TJBA, eles existem de sobra. Entretanto, funciona mesmo quando deveria estar emperrado pelas dificuldades estruturais.

*Juiz de DireitoTitular da 1ª Vara Cível de Juazeiro-BA, Professor da UNEB, Diretor Acadêmico da EMAB e Membro do Conselho Editorial da Revista entre Aspas - UNICORP

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