Editorial - Verdade centenária

Longevidade, em se tratando de veículos de comunicação massiva, é um atributo conseguido por poucos, precisamente uma dúzia de grupos midiáticos brasileiros. Neste seleto clube, desponta A TARDE, no vigor de seus 113 anos, reconhecidos como prova de prática virtuosa, em solenidade na Associação Nacional de Jornais (ANJ), da qual é fundadora a empresa baiana.

Chegou à idade provecta com o espírito juvenil de quem busca inovar a cada edição de suas diversas plataformas e meios, do impresso ao caçula da era digital. O provérbio “antiguidade é posto” encaixa-se plenamente no contexto de “dizer em tudo verdade a quem verdade as deveis”. Não persevera mais que uns dias quem procura transmitir mentiras em suas páginas, pois logo o leitorado percebe o engodo.

Pode-se, portanto, sem temer errar, assumir a validade da proposição lógica: um jornal é tão ou mais digno da confiança de seu público quanto maior for o seu tempo de circulação. Trata-se de fortaleza, muito além de um grupo de comunicação. Um forte capaz de defender a verdade, pois sem ela não seria possível distribuir milhares de edições. A proeza ganha robustez no enfrentamento de incertezas, representadas nas fake news e nos efeitos de Inteligência Artificial.

Poderia satisfazer-se a direção de A TARDE com esta verdade de atender o grupo ao que dele se espera: compromisso em corresponder as palavras aos fatos, produzindo a “química” da notícia. Mas, não. É preciso sempre ir além, em processo contínuo de eterna busca do algo mais.

Este suplemento, para A TARDE, chama-se educação. A empresa, nascida para o jornalismo, vem trabalhando para apoiar docentes a identificar métodos eficazes de formação da juventude. Não bastasse, também investe o celebrado Decano em multiculturas de entretenimento, tendo inaugurado arena para atividades diversas nas suas dependências.

Vale atualizar o consagrado slogan “Saiu n’A TARDE é verdade”. Verdade sim, sem dúvida, e também educação, conhecimento e cultura, nos acréscimos da missão original.