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Ainda existe carro popular? Entenda por que preço só aumenta
Apesar dos reajustes, vendas cresceram
Por Redação
Carro sempre foi um item de luxo em um país como o Brasil, marcado pela desigualdade social. Mesmo assim, em um passado não tão remoto, os chamados "carros populares" facilitavam o acesso das classes C e D ao bem de consumo.
Hoje, modelos como Gol, Uno, Celta e Ka ficaram no passado. Assim como a categoria que estrelavam.
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Hoje o termo adotado é "veículo de entrada". O mais barato - ou menos caro - deles é o Fiat Mobi Like, por R$ 74.990 em preço de tabela, seguido pelo Renault Kwid Zen, de R$ 76.090. Ao comprar nas concessionárias, geralmente há descontos e incentivos, mesmo assim dificilmente o preço abaixa dos R$ 60 mil.
Quem recebe um salário mínimo, por exemplo, teria que juntar os vencimentos completos por entre 40 e 50 meses para poder comprar um desses modelos.
Por que não fazem mais populares?
O problema é que hoje é ilegal no Brasil fazer veículos básicos e rústicos, característica marcante dos extintos populares. Na época, os carros 'pelados' não tinham nem direção e vidros elétricos ou ar-condicionados. Imagine freios ABS e air-bags, itens de segurança obrigatórios atualmente.
Além disso, os carros atuais trazem tecnologia embarcada e são construídos de forma para garantir ao menos notas mínimas nos testes de segurança, colisão e emissão. Tudo isso custa dinheiro.
Para completar, mesmo os modelos mais básicos e fabricados no Brasil possuem uma série de peças importadas. Com o dólar acima dos R$ 6, o impacto é direto.
Vendas sobem
Apesar dos preços aparentemente proibitivos, a venda de carros subiu consideravelmente no Brasil. Na esteira do crescimento da renda e do emprego, o crescimento foi de 14,2% em 2024, chegando a 2,63 milhões de unidades, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, 8, pela Fenabrave.
E os veículos que mais se destacam nem são os 'de entrada'. SUVs como Hyundai Creta, Corolla Cross e Chevrolet Tracker - todos com peços que chegam a superar os R$ 150 mil, se aproximando dos R$ 200 mil - se destacam entre os mais vendidos.
Além disso, o setor de carros híbridos e elétricos também apresenta robusto crescimento, especialmente após a chegada das chinesas BYD e GWM.
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