BAHIA
Bahiafarma vai produzir no Brasil medicamento para doença rara
Governo da Bahia prevê economia de R$ 6 bilhões após anúncio do Ministério da Saúde
Por Redação

O Ministério da Saúde aprovou a proposta da Bahiafarma, em parceria com a Bionovis S.A., para a produção nacional do eculizumabe, medicamento essencial no tratamento da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), uma doença rara e grave da medula óssea.
A decisão foi anunciada nesta quinta-feira, 29, durante reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), em Brasília.
A expectativa do Governo da Bahia é que a fabricação local do medicamento, hoje integralmente importado, gere uma economia superior a R$ 6,1 bilhões nos próximos dez anos. Apenas em 2023, os gastos com importações do eculizumabe ultrapassaram R$ 1 bilhão.
Proposta da Bahiafarma
A proposta da Bahiafarma prevê a transferência integral da tecnologia de produção do medicamento, atualmente sob domínio da empresa sul-coreana Samsung Bioepis, parceira da Bionovis no projeto.
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O cronograma prevê que a estruturação da planta biotecnológica e a internalização completa da tecnologia sejam concluídas em até dez anos, com início imediato após a assinatura do Termo de Compromisso.
Presente no anúncio, a secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, classificou a aprovação como estratégica para reduzir a dependência do país em relação a medicamentos de alto custo e para posicionar a Bahia como polo nacional de biotecnologia.

“É um avanço que fortalece o SUS e garante segurança assistencial para pacientes que não podem esperar”, afirmou.
Pacote do Ministério da Saúde
A presidente da Bahiafarma, Ceuci Nunes, ressaltou que o projeto marca uma nova fase para a fundação. “Mostra que temos capacidade técnica e institucional para liderar um novo momento da ciência no país”, disse.
A produção local do eculizumabe faz parte de um pacote de nove novas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) aprovadas pelo Ministério da Saúde.
Juntas, elas somam mais de R$ 2 bilhões em aquisições anuais e são vistas como estratégicas para ampliar o acesso a tratamentos de alta complexidade, fortalecer a indústria nacional e reduzir a vulnerabilidade do Brasil no mercado internacional.
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