VIOLÊNCIA
"Ataque covarde", diz delegado sobre morte de motorista de app
Motorista foi atingido com um tiro na cabeça ao chegar para pegar supostos passageiros
Por Bernardo Rego e Leilane Teixeira
O delegado Leandro Acácio, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), concedeu entrevista coletiva na noite desta segunda-feira, 6, na sede da Polícia Civil, no bairro da Piedade, em Salvador. Na oportunidade, ele deu detalhes a respeito da morte do motorista por aplicativo, Marcos Luís Silva Alves, assassinado na Avenida Paralela na madrugada de sábado, 4.
De acordo com Acácio, trata-se de um "ataque covarde", já que os criminosos solicitaram a corrida com o intuito de roubar o veículo, e, no momento em que o motorista estacionou o carro, foi efetuado logo um disparo na cabeça da vítima.
"Os criminosos afirmaram que saíram na madrugada a fim de realizar roubos a transeuntes com o objetivo de obter aparelhos celulares. No entanto, o fluxo estava pequeno e um deles resolveu chamar um veículo do aplicativo [sic] e efetuaram o disparo no exato instante que o motorista estava estacionando o carro", pontuou Acácio. Ainda segundo o delegado, não houve uma motivação específica para o crime.
O delegado detalhou ainda que os autores do crime foram localizados na cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, no momento em que tentavam fugir para Cruz das Almas. Durante a abordagem, um dos criminosos identificado como Anderson Santos Costa, resistiu à ordem de prisão e acabou sendo atingido por um disparo efetuado pela polícia. Ele foi encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), passou por cirurgia e não corre risco de morte.
O responsável pela investigação falou que os serviços de inteligência foram utilizados para que a captura dos criminosos pudesse se feita de forma célere e afirmou ainda que a câmera instalada dentro do carro ajudou às forças policiais a alcançarem os autores do crime.
A reportagem do Portal A TARDE questionou sobre rumores de que a dupla teria tentado jogar a culpa do crime no comparsa. Segundo o delegado, essa é uma prática comum e ambos vão responder por latrocínio (roubo seguido de morte). Além disso, podem ser condenados a 30 anos de prisão. Acácio disse ainda que o criminoso hospitalizado vai ser conduzido ao presídio da Mata Escura assim que receber alta médica.
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