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Capitão afastado da PM é investigado por desaparecimento de Davi Fiúza

Em 2014, aos 16 anos, Davi Santos Fiúza desapareceu após ser colocado dentro de carro em Salvador

Publicado segunda-feira, 04 de março de 2024 às 15:00 h | Autor: Da Redação
Davi Fiúza nunca foi encontrado e crime segue um mistério
Davi Fiúza nunca foi encontrado e crime segue um mistério -

O capitão da Polícia Militar da Bahia, George Humberto da Silva Moreira, afastado das funções no âmbito da 'Operação Alcateia', fazia parte do pelotão que responde pelo desaparecimento de Davi Santos Fiúza, na época com 16 anos. O crime aconteceu no dia 24 de outubro de 2014, na localidade conhecida como Jardim Vila Verde, na Estrada Velha do Aeroporto, em Salvador.

Davi Fiúza sumiu após a abordagem realizada por policiais do Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO) e Rondas Especiais (Rondesp). A família denunciou que ele foi encapuzado com a própria roupa, por policiais, além de ter mãos e pés amarrados antes de ser colocado no porta mala de um dos carros que não tinha plotagem. Desde então ele segue desaparecido.

De acordo com o Ministério Público do Estado (MP-BA), além de George Humberto, outros seis policiais militares foram denunciados pelos crimes de sequestro e cárcere privado. O MP não detalhou a participação de George Humberto no desaparecimento de Davi.

Segundo a denúncia dos promotores de justiça, no dia do crime, os policiais participavam de um curso de nivelamento realizado pela 49ª CIPM e pelo Pelotão Especial Tático Operacional (Peto) com prática de incursão nas localidades do Cassange, Planeta dos Macacos, Vila Verde, dentre outras.

A denúncia apresentada à Justiça citava apenas os crimes de sequestro e cárcere privado, uma vez que a investigação da Polícia Civil não forneceu subsídios suficientes para que o MP-BA fizesse uma denúncia contra os policiais por homicídio.

O posicionamento das viaturas envolvidas no evento e de seus ocupantes foi definido a partir das informações dos mapas dos GPS instalados nas viaturas e dos aparelhos de rádio (HTs) dos seus comandantes.

A primeira audiência do caso foi marcada para 31 de agosto de 2022, mas terminou cancelada após o Estado não conseguir trazer a principal testemunha, que está sob proteção em outro estado, em tempo hábil. Quase 10 anos após o desaparecimento, a família ainda aguarda informações que possam levar ao paradeiro do adolescente.

Além do Caso Davi Fiúza, o capitão George Humberto da Silva Moreira, também é alvo da 'Operação Alcateia', investigação que apura a participação de policiais militares em um grupo acusado de delitos típicos de atividade de milícia, como tortura e extorsão. A reportagem do Portal A TARDE não conseguiu contato com a defesa de George Humberto da Silva Moreira.

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