Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > bahia > SALVADOR
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

SALVADOR

Comércio também deverá ganhar programa de habitação; entenda

Além do projeto de moradia popular no Pilar, prefeitura planeja conjunto habitacional no Corpo Santo

Por Lula Bonfim

19/06/2024 - 14:36 h
Igreja do Corpo Santo, no Comércio
Igreja do Corpo Santo, no Comércio -

Além do planejamento para a construção de um programa de habitação popular na Rua do Pilar, a prefeitura de Salvador também está trabalhando em um outro projeto: a recuperação de casarões na região do Corpo Santo, no Comércio, para a implantação de uma espécie de conjunto habitacional.

Em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, a presidente da Fundação Mario Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, revelou detalhes do projeto, que deve ser implantado em uma área de dois quarteirões entre a Igreja do Corpo Santo e o Plano Inclinado Gonçalves, na sua parte inferior.

A ideia da prefeitura é assumir a propriedade dos casarões na região por um processo de encampação, para instalar nesses imóveis apartamentos de dois ou três quartos ou até studios. Essas unidades seriam vendidas de forma subsidiada e com taxa de juros reduzidas para pessoas que recebem de três a seis salários mínimos, faixa de renda definida pela presidente da FMLF como "mercado popular".

“É aquele público que o mercado imobiliário não atende. Não é a baixa renda, até três salários mínimos, que tem a habitação de interesse social. É um mercado que tem aí que precisa ser atendido”, definiu Tânia Scofield.

De acordo com a dirigente, os servidores públicos municipais seriam parte desse público-alvo. Com cerca de 80% das secretarias instaladas na região do Centro Antigo de Salvador, os trabalhadores da prefeitura seriam uma das demandas previstas para o empreendimento. Outro foco do projeto estaria no público de jovens adultos.

“Tem um público jovem que gostaria muito de morar aqui no Comércio. Porque tem toda a beleza dessa área central e tem todas as facilidades. Não só facilidade de infraestrutura, mas os serviços todos aqui e os equipamentos culturais concentrados nesta área central”, avaliou Tânia.

Diferente do programa de habitação do Pilar, que obteve recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para a elaboração do projeto, o conjunto habitacional do Corpo Santo deverá ter seus estudos todos financiados pela prefeitura de Salvador.

Por outro lado, a FMLF prevê a necessidade de financiamento para transformar o projeto do Corpo Santo em realidade. Os recursos já estão sendo buscados junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“Para fazer esse programa, o projeto é nosso, é de nossa competência, com recursos próprios. Agora, a obra, a gente está buscando esse recurso no Banco Interamericano. Nós já tivemos três missões com o BID. Vamos ter a quarta missão agora, para fechar o programa de habitação. Porque o BID, enquanto banco de fomento, faz uma série de exigências e a gente está discutindo, desde o projeto até a gestão desses imóveis depois da obra executada”, explicou ao Portal A TARDE.

Os casarões que são alvo da FMLF estão em ruínas, desocupados ou ociosos — aqueles em que só o térreo se encontra ocupado. De acordo com Tânia Scofield, os estabelecimentos comerciais instalados no pavimento inferior poderão permanecer, com as moradias ocupando apenas os andares superiores.

Expansão

A Fundação Mario Leal Ferreira não pretende, porém, encerrar os trabalhos com os projetos no Corpo Santo e no Pilar. A intenção da instituição é que o Centro Histórico volte a ser ocupado por moradores, tendo circulação de pessoas para além dos horários comerciais.

“Toda essa área daqui, a área da frente ali do Elevador Lacerda, são imóveis do século 18, 19, antigos, mas a gente acredita que esse programa de habitação pode e deve ser estendido para essa outra área, desse trecho entre o Plano Inclinado até a Associação Comercial, de imóveis da arquitetura modernista, que são altos, de 10, 12 pavimentos”, exemplificou a presidente ao Portal A TARDE.

Para Tânia Scofield, chegou o momento da população mais pobre voltar se sentir bem-vinda na região central de Salvador, parando de ser levada para as periferias da cidade.

"Desde que eu me formei, eu trabalho com habitação. Basicamente com habitação de interesse social e habitação de mercado popular. Acredito muito nesse programa aqui. Acho que é uma das grandes áreas para a gente densificar com habitação, porque eu sempre fui contrária a levar cada vez mais para a periferia a população de baixa renda. No Minha Casa Minha Vida, cada vez mais você afasta e leva para a periferia, quando a gente tem esse potencial construtivo grande aqui, para a gente usar em um programa de habitação em uma das áreas mais importantes desta cidade”, concluiu Tânia.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

Centro Histórico Comércio Corpo Santo FMLF Salvador Tania Scofield

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Igreja do Corpo Santo, no Comércio
Play

Veja o momento que caminhão de lixo despenca em Salvador; motorista morreu

Igreja do Corpo Santo, no Comércio
Play

Traficantes do CV fazem refém e trocam tiros com a PM em Salvador

Igreja do Corpo Santo, no Comércio
Play

Rodoviários reivindicam pagamento de rescisão no Iguatemi

Igreja do Corpo Santo, no Comércio
Play

Vazamento de gás no Canela foi ato de vandalismo, diz Bahiagás

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA