ENTENDA
Coqueluche já teve mais de 40 mil casos anuais no país; veja histórico
Doença afeta mais crianças, já teve morte registrada neste ano e tem outro óbito sendo investigado
Por Felipe Sena
Os casos de coqueluche, doença infecciosa, voltou a subir no Brasil. A primeira morte pela doença foi confirmada nesta segunda-feira, 29. Um bebê de seis meses, que morava em Londrina, no Paraná, não resistiu à doença, marcada a primeira morte por coqueluche em três anos.As autoridades sanitárias também investigam outro óbito suspeito em um bebê de três meses, em Irati.
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A doença, que já registrou mais de 40 mil casos anuais, no ano de 2022, registrou 14 casos em 2023, na Bahia. Foram 9 casos registrados em menores de 1 ano de idade e 5 casos em crianças de 1 a 4 anos de idade. De acordo com o jornal O GLOBO, no Brasil, até agora, foram confirmados 339 casos de coqueluche, um crescimento de 56,2% em relação ao acumulado do ano anterior.
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O Portal A TARDE teve acesso exclusivo aos dados enviados pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Em 2022, foram 5 casos em crianças menores de um ano de idade, e 3 casos em crianças de 1 a 4 anos de idade.
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Em 2021, foram registrados 7 casos em crianças menores de um ano e um caso em crianças de 1 a 4 anos de idade. Já em 2020, foram 12 casos em crianças menores de um ano de idade, e um caso no grupo de crianças e pré-adolescentes de 10 a 14 anos de idade. Até agora, não foi registrado nenhum caso.
De acordo com dados registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2011 a 2014 foram confirmados 22.772 casos de coqueluche, no período de 2011 a 2014, em todo país. Em 2011, foram confirmados 2.248 casos e em 2014, 8.614, o que representou um aumento de 283% do número de casos. Nesse mesmo período, a incidência variou de 1,2 a 4,2/100 mil habitantes.
O grupo de menores de um ano concentrou a maioria dos casos de coqueluche, aproximadamente 61% dos casos, e dentre estes 87% eram menores de seis meses de idade. Isso se deve, de acordo com o Ministério da Saúde, à maior procura dos serviços de saúde e maior número de casos diagnosticados.
Ainda de acordo com o órgão, a letalidade da doença é também mais elevada no grupo de crianças menores de um ano, principalmente com menos de seis meses de idade, que concentram quase todos os óbitos por coqueluche. A quantidade de óbitos por causa da doença não foi divulgada.
Declínio da doença
Em 2015, foi observada uma diminuição do número de casos em que a incidência da doença passou de 4,2/100.000 habitantes em 2014 para 0,1/100.000 habitantes em 2023. O mesmo declínio aconteceu em 1995, após um surto da doença até o final de 1982.
Além do aumento da cobertura vacinal, principalmente a partir de 1998, resultando na mudança do perfil epidemiológico da doença no país. Com isso, foi verificado uma redução importante de 10,6/100 mil habitantes em 1990 para 0,9/100 mil habitantes em 2000. No período de 2001 a 2010, a incidência variou entre (0,32 a 0,75/100 mil). Em meados de 2011, observou-se um aumento súbito do número de casos da doença no país.
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