SALVADOR
Ex de motorista executado em Salvador desabafa: "Filhos desamparados"
Marcos Luís Silva Alves foi morto por criminosos na madrugada de sábado
Por Bruno Dias e João Grassi | Portal MASSA!
Tristeza e dor são os sentimentos que tomaram conta da família de Marcos Luís Silva Alves, o motorista por aplicativo assassinado a tiros na madrugada de sábado, 4, na Avenida Paralela. Em conversa com o Portal MASSA!, Gabriela Oliveira, ex-mulher da vítima, relatou que a família e os três filhos do rapaz (dois do relacionamento com ela) estão desolados.
"A gente pede justiça pela dor que a mãe dele está sentindo, pela dor dos filhos dele que estão sentindo, o filho dele o tempo todo fala que quer ver o pai. A filha dele não conseguiu nem ir para o sepultamento, porque passou mal, e a única coisa que a gente quer é que os bandidos que fizeram isso com ele continuem presos", iniciou ela, que estava presente no protesto desta segunda-feira, 6.
Gabriela contou que, apesar de pouco contato, Marcos e as crianças eram muito apegados. "Dois filhos desamparados, por conta da falta que o pai vai fazer para sempre. E eles eram muito apegados ao pai. Ele trabalhava muito, não passava muito o final de semana com os meninos, mas eles sabiam que em algum momento o pai ia aparecer, eles sabiam disso, que ia ligar", continuou.
Leia Mais:
>> Motoristas por app protestam após latrocínio: "Pedimos mais segurança"
>> Em protesto, motoristas por app relatam perigos vividos diariamente
Focado em dar melhores condições de vida para a família, Marcos Luís optou por trabalhar como motorista por aplicativo por conta do desemprego, porém, foi surpreendido por dois assaltantes em uma espécie de corrida falsa. Ele foi alvejado por tiros e teve o corpo jogado no meio da Paralela.
"Ele tava ali pra dar o sustento aos filhos dele, a última mensagem que ele me mandou ele falava assim: "Tenha paciência, esse trabalho é estressante e eu quero que você tenha paciência porque eu vou dar o meu melhor pros meninos", disse a moça.
"Ele ficou um período desempregado e o único recurso que tinha no momento foi rodar aplicativo. Basicamente exercendo o trabalho que ele cumpria a função para poder justamente dar uma boa vida para os filhos e agora os filhos não vão ter mais a presença do pai. A gente está sem saber o que fazer, o que falar", expressou.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes