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CASO JOEL

Irmã de Joel relembra assassinato após 13 anos: "Buscamos justiça"

Policiais apontados como responsáveis pela morte começam a ser julgados nesta segunda

Por Leo Moreira e Osvaldo Barreto

06/05/2024 - 9:14 h
Irmã de Joel, Jéssica Carolina Castro, em frente ao Fórum Ruy Barbosa
Irmã de Joel, Jéssica Carolina Castro, em frente ao Fórum Ruy Barbosa -

O dia 21 de novembro de 2010 ficou marcado para a família do “menino Joel”, morto com um tiro no rosto quando se preparava para dormir em seu quarto, no primeiro andar da casa em que morava com seu pai, mãe e irmã, no Nordeste de Amaralina, em Salvador. Em frente ao Fórum Ruy Barbosa, antes do início do julgamento dos policiais apontados como autores do crime, a irmã de Joel, Jéssica Carolina Castro, relembra o dia que viu seu irmão perder a vida.

“Muita saudade de Joel. Era um menino encantador, cheio de sonhos. Eu era adolescente, tinha 16 anos, Joel com 10. Sonhava muito mais que eu. Da forma como dói muito. Estávamos na frente de casa e a gente ouviu muitos tiros. Meu pai tinha me chamado para subir (para casa) e Joel falou com meu pai que estava tendo muito tiro lá fora. Meu pai pediu para que ele deixasse para lá e que a gente entrasse no quarto para dormir. Foi quando meu pai estava preparando o colchão na época, porque a gente não tinha cama. E a gente viu Joel sendo baleado”, disse.

Leia Mais:

>> Acusados de matar Joel serão julgados nesta segunda; relembre o caso

Após 13 anos, a família tenta preencher o vazio deixado pela perda da criança. De acordo com Jéssica, seu pai, Joel de Castro, de 55 anos, mantém um projeto social voltado para capoeira. “Meu pai, ele tem um projeto social onde ele inclui crianças a partir de 10 anos de idade onde não tem ajuda nenhuma, mas ele faz com muito amor, muito carinho porque ele sabia que era o que Joel gostava”, revela.

O caso

A criança foi atingida no rosto quando se preparava para dormir em seu quarto, localizado no primeiro andar da casa.

Conforme a denúncia, o ex-policial militar Eraldo Menezes de Souza e o tenente Alexinaldo Santana Souza estavam na ação. Os acusados respondem por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, fútil e por impossibilitar a defesa da vítima. A acusação do órgão será sustentada no júri pelo promotor de Justiça Ariomar José Figueiredo.

Segundo o Ministério Público do estado, os réus, em ação conjunta e em uma suposta diligência policial, entraram na Rua Aurelino Silva, no bairro Nordeste de Amaralina, efetuando vários disparos de arma de fogo, que resultaram na morte de Joel.

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Tags:

homicídio qualificado justiça memória e luto projeto social segurança pública Violência Policial

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