CRIME NO ITAIGARA
Irmão de taxista morto se revolta com suspeito: 'Pessoa violenta'
Geni foi enterrado na tarde de hoje
Por Pedro Moraes | Portal Massa!
As lágrimas de saudade se uniram aos gritos de revolta. Durante o enterro do taxista Regivaldo dos Santos Santana, Renildo dos Santos Santana, irmão da vítima, não escondeu a repugnância com João Rodrigues Barbosa, suspeito do caso.
"Não sei como esse taxista tirou a vida do meu irmão. Não tô conseguindo ficar em pé. Peço a Deus que ele seja preso o mais breve possível. Ele não é mais taxista, é uma assassino", bradou Renildo, em entrevista ao Grupo A TARDE, nesta quarta-feira (12) no Cemitério Municipal de Brotas.
Mais que o crime, o irmão da vítima se indignou por causa da versão apresentada por João, de que Regivaldo teria tido um infarto.
"Eu conheço ele, tem muito tempo na praça trabalhando como taxista. Não sabia que era uma pessoa violenta. Ele é pai de família, mas meu irmão não é mais, pois está no caixão", lamentou.
Geni, como também era conhecida a vítima, foi morto nesta terça-feira (11) atingido com golpes de faca, após briga por uma vaga de veículo no bairro Itaigara, em Salvador. O caso aconteceu por volta das 14h, um pouco mais à frente de um centro comercial na avenida Antônio Carlos Magalhães.
Regivaldo teria sido atingido por João devido a um desentendimento no mês passado, segundo informações obtidas pelo Portal A TARDE. João Rodrigues está foragido.
Entenda o caso
Em entrevista ao Portal A TARDE o perito criminal José Carlos Montenegro confirmou que Genivaldo estava almoçando no momento do ocorrido, quando foi atingido por golpes de faca de mesa no coração:
"Ele foi atingido no interior do veículo ou nas proximidades, mas pela condição interna do carro, tudo indica que ele estava dentro do automóvel. Ele foi encontrado na calçada, o que sugere que houve deslocamento do interior do carro para o local", afirmou o perito criminal.
O irmão de "Geni", Renildo dos Santos Santana, de 50 anos, disse ao Portal A TARDE que os dois discutiram por causa da ordem de carros seguida pelos taxistas, que não foi respeitada por João Rodrigues, o que levou a uma discussão que durou cerca de 30 minutos. Ainda conforme informações do irmão de Regivaldo, após esse episódio, não houveram mais discussões.
“Eu interferi na discussão, mas um taxista [não identificado] chamou o filho dele, e começou outra discussão, dizendo que ia pegar meu irmão”, disse Regivaldo emocionado. Segundo ele, o irmão marcou para começar as corridas às 13h30 desta terça, em um grupo de WhatsApp, em que os taxistas que trabalham no espaço cedido em frente ao prédio comercial, se comunicam.
No entanto, o “guardador de veículos” chamou outro colega que executa a mesma função para avisar que seu irmão tinha sido ferido. “Meu irmão já estava aqui no subsolo morto. Infelizmente hoje ele não vai ser mais taxista, deixou quatro filhos”, disse Renildo.
"Peço a esse taxista que se entregue à polícia para fazer o depoimento dele, explicando o motivo de ter tirado a vida do meu irmão. Tinha necessidade de tirar a vida dele por uma discussão que aconteceu há um mês atrás?", declarou Renildo.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes