Margareth Menezes celebra volta da Parada LGBT+ à Salvador

Madrinha da 20ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ da Bahia, que acontece neste domingo, 10, no Campo Grande, em Salvador, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, celebrou a volta do evento à capital baiana, após o hiato de três anos, devido a pandemia. Segundo a artista, o movimento representa uma importante luta para esta parcela da população, que ainda enfrenta altos índices de discriminação e violência no país.

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“É uma luta importante. O Brasil é um dos países que mais mata o povo gay, e nós precisamos estar unidos para lutar contra todo tipo de discriminação e perseguição. Acho importantíssimo. A parada tem três anos que não acontece. Eu estou aqui tendo essa oportunidade de prestigiar e receber também essa homenagem da comunidade LGBTQIAPN+”, afirmou.

De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), entidade responsável pela indicação, Margareth Menezes foi escolhida como madrinha por causa dos méritos e da grande representação social dos trabalhos da ministra.

De acordo com ela, o governo federal tem se comprometido a incluir a comunidade LGBTQIAPN+ em diversos projetos e aumentar a participação deste público nas políticas públicas, entre as quais, as culturais.

“Acabamos de lançar o projeto Cultura Viva, a política também abraça o público LGBTQIA+. Então, o presidente Lula tem se voltado para atender também ao público LGBTQIA+ por entender que todas as pessoas, todos os brasileiros e brasileiras, têm o direito às políticas do Brasil”, destaca.

A luta é de todxs

Outra madrinha da Parada, a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos (PDT), disse que receber o evento é “uma honra e uma alegria” para Salvador. A gestora, que também assumiu a pasta da saúde no município, destacou ações implementadas para o cuidado da população LGBTQIAPN+.

“A gente faz um trabalho dentro de cada Secretaria para o combate à lgbtfobia, capacitando, explicando uma série de questões, como o nome social, respeito a cada cidadão e depois ampliando o acesso às políticas públicas, como a gente fez semana passada ao inaugurar o primeiro Ambulatório LGBT no Brasil”.

“A gente trouxe hoje um módulo de saúde como fazemos nos grandes eventos da cidade. Muito mais do que festa, isso aqui é um momento de reparação, de construção histórica e a gente tem feito isso, fortalecendo as políticas de saúde para o público LGBTQIAPN+, com consulta com psicólogo, hormônio, sempre social, médicos, enfermeiros, com toda a política voltada a esse público tão importante”, pontuou.

Primeira pessoa LGBT+ a ocupar a pasta da Cultura na história da Bahia, Bruno Monteiro se disse emocionado com a volta da Parada. Ele contou que como militante e secretário, considera o evento uma oportunidade de reafirmar a luta pelos direitos humanos.

“Voltamos às ruas para mostrar que nós existimos, que nós resistimos, que nós temos a força de quem não desiste de lutar e sonhar com um mundo melhor, com o mundo em que todas as pessoas sejam respeitadas e possam viver plenamente [...]

É um momento único, é uma alegria grande. Como militante, como uma pessoa LGBT, mas também como secretário de estado, estou aqui representando um projeto que tem esse compromisso. Fico muito feliz de que nós estamos promovendo a inclusão por meio de políticas públicas que, de fato, acolham todas as pessoas. Não há democracia sem cultura, sem diversidade, sem direitos humanos, nós estamos aqui para reafirmar isso”, afirmou.