SALVADOR
Motorista acusado de sequestro tem passagem por roubo, diz delegada
Maritta Souza afirma que também está sendo investigado até onde vai a responsabilidade da Uber
Por Alex Torres e Leo Moreira
A delegada Maritta Souza falou na manhã desta sexta-feira, 27, no prédio da Polícia Civil, na Praça da Piedade, sobre o caso envolvendo o motorista Jonathas dos Reis Oliveira, de 31 anos. Ele é suspeito de sequestro de passageiras utilizando a plataforma da Uber e obrigando-as a realizar transferências via pix, além de ameaçar e subtrair pertences.
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De acordo a titular da 16ª Delegacia Territorial (DT), o suspeito já havia tido uma situação referente a roubo, ocorrido no primeiro semestre deste ano. No entanto, na ocasião, um outro veículo teria sido utilizado para a realização do ato criminoso.
"Ele estava com dois indivíduos, utilizando o veículo de um colega de aplicativo, quando abordaram uma senhora na rua e subtraíram o que ela tinha em mãos, que era celular, dinheiro e cartão. Neste caso, eles não obrigaram transferências de pix, mas utilizaram um simulacro. O caso foi entre abril e maio", contou a delegada ao Portal A TARDE.
Questionada sobre quando ele teria começado os delitos, a titular afirmou que, além da situação descrita, não existem registros de ocorrência com o nome dele ou a placa do veículo. Segundo Maritta Souza, os crimes utilizando a plataforma da Uber teriam começado "no final do mês passado".
Atualmente, o motorista de Uber se encontra foragido da polícia e o paradeiro de Jonathas dos Reis Oliveira ainda é desconhecido. Porém, todas as informações referentes aos suspeito já foram recolhidas.
"As investigações estão bastante avançadas, as vítimas estão colaborando muito. O modus operandi dele se repete, sempre atendendo a cliente e cancelando durante a corrida. Neste momento, ele anuncia assalto utilizando com arma de fogo, rodando com as vítimas por cerca de 30 a 40 minutos. Neste meio tempo, ele obriga que elas façam transferências de pix para outras contas, inclusive, a pessoal dele. Ele ainda rouba celulares e ameaça levá-las para um cativeiro em Feira de Santana", completou.
Por fim, Maritta Souza afirmou que também está sendo investigado até onde vai a responsabilidade da Uber no caso, uma vez que aconteceram vários casos e o motorista não foi retirado da plataforma.
Ao Portal A TARDE, a Uber enviou resposta sobre o caso. Veja na íntegra:
"A Uber lamenta que cidadãos que desejam apenas se deslocar sejam vítimas da violência que permeia nossa sociedade. Esperamos que as autoridades possam identificar e responsabilizar o autor dos atos criminosos. A empresa permanece à disposição para auxiliar no curso das investigações, nos termos da lei. A conta do motorista parceiro utilizada foi desativada assim que a empresa tomou conhecimento do episódio.
Segurança é prioridade para a Uber e a empresa está sempre buscando, por meio da tecnologia, fazer da sua plataforma a mais segura possível, de uma forma escalável. Hoje uma viagem pelo aplicativo já inclui ferramentas de segurança antes, durante e depois de cada viagem, tanto para os usuários quanto para os motoristas parceiros.
Durante a viagem, o aplicativo conta com o botão Recursos de Segurança, que reúne funções de segurança da plataforma. O recurso, permite que usuários e motoristas parceiros possam compartilhar a sua localização e o tempo de chegada em tempo real com quem desejarem, além de oferecer a opção de ligar para a polícia em situações de risco ou emergência diretamente do app. Ao pressionar este botão, além de efetuar a ligação, o usuário será informado de sua localização atual e informações do veículo em viagem. No Rio de Janeiro, Maranhão e no Pará, esse recurso já foi integrado com o serviço 190 para que os operadores do serviço de emergência recebam automaticamente a localização em tempo real e os dados da viagem em que foi originada a chamada. O projeto reproduz uma integração que a Uber já faz com os serviços de atendimento a emergências em mais de 1.200 cidades dos Estados Unidos, além de diversos estados no México, África do Sul e Canadá.
Além disso, todos os parceiros cadastrados na Uber passam por uma checagem de apontamentos criminais realizada por empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos para cadastramento na plataforma, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o país, em tempo real, em busca de apontamentos de crimes que possam ter sido cometidos. A Uber também realiza rechecagens periódicas dos motoristas parceiros já aprovados pelo menos uma vez a cada 12 meses".
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