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Polícia investiga ligação entre facção baiana e milícia do Rio

Líder de facção baiana foi preso no Rio de Janeiro; ação resultou em 13 prisões em cinco estados

Publicado sexta-feira, 27 de outubro de 2023 às 12:26 h | Atualizado em 27/10/2023, 13:41 | Autor: Leo Moreira e Osvaldo Barreto
Prisões fazem parte da Operação Ancorar
Prisões fazem parte da Operação Ancorar -

Uma grande operação da Polícia Civil, batizada Ancorar, resultou na prisão de Treze homens suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e mais de 20 homicídios ocorridos nos municípios de Itabuna, Ilhéus, Teixeira de Freitas, Barro Preto, no sul e extremo sul do estado. Eles tiveram mandados de prisão cumpridos nesta sexta-feira, 27,  no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco e Bahia.

Entre os presos está o chefe da facção Bonde do Maluco (BDM), João Ricardo Cardoso, o Rick ou R7. Ele foi encontrado pelas forças policias logo nas primeiras horas do dia na região do Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O território é dominada por uma milícia carioca. Agora, a polícia investiga uma possível ligação entre a facção e a milícia local 

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Ao Portal A TARDE, o delegado Rodrigo Fernando, do Departamentos Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), disse que não descarta a parceiria entre as duas organizaçõe criminosas. "A polícia está percebendo uma grande movimentação das facções criminosas junto com outra facção do Rio de Janeiro. Assim como, outras facções tendo apoio de rivais dessa facção do Rio de Janeiro. Neste momento é prematuro dizer que ele estava tendo apoio de milícias naquele Estado, mas a gente não descarta essa possibilidade".

Todos os presos na operação pertencem à mesma facção e a suspeita é que eles estavam em lugares protegidos por aliados do Primeiro Comando da Capital (PCC) e outras facções criminosas menores. [ Veja vídeo]


Polícia Civil ataca bolso de facção

O delegado ainda ressaltou a prisão de pessoas envolvidas em esquemas de lavagem de dinheiro ligadas a facção. "Não só o braço direito, mas também alguns laranjas envolvidos com essa lavagem de dinheiro. Na manhã de hoje, a gente deu cumprimento ao mandado, inclusive, de uma pessoa. Mas várias outras  também são investigadas por usarem o nome dela, cederem o nome para fazer [transações financeiras] com dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Então, assim, foi uma operação importante contra isso, porque a gente atinge a facção justamente no seu ponto mais sensível, que é o financeiro".

Quarenta e três mandados de busca e apreensão também foram cumpridos, drogas apreendidas, documentos e anotações de movimentações financeiras.

Participaram da operação, que ainda segue durante o dia, o Departamentos Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), pela Inteligência Policial (DIP) e da Polícia do Interior (Depin) e forças policiais de outros estados. 

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