REAJUSTE ANUAL
Ônibus fica mais caro em Salvador a partir de sábado
Com reajuste anunciado pelo prefeito Bruno Reis, a nova tarifa passa a ser de R$ 4,90
Por Daniel Brito
Como anunciado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) no fim de março, a tarifa de ônibus em Salvador será reajustada para o consumidor e passará a custa R$ 4,90 já a partir deste sábado, 4.
A medida foi anunciada nesta sexta-feira, 3, em coletiva de imprensa no Palácio Thomé de Souza. De acordo com Bruno, o aumento ocorreu devido à não aprovação do subsídio nacional de R$ 5 bilhões às gratuidades dos idosos em Brasília. Segundo ele, Salvador teria direito a receber R$ 64 milhões em subsídios em caso de aprovação da matéria, o que seria suficiente para congelar o valor da passagem.
"A partir de amanhã, a tarifa do ônibus vai para R$ 4,90. A diferença, a prefeitura vai, contratualmente, vai seguir assumindo", afirmou.
Na coletiva, o prefeito disse que, apesar das reuniões políticas para tentar pautar o projeto no plenário da Câmara, foi informado de que a posição do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), foi de que o governo federal deveria sinalizar onde está previsto em seu orçamento a fonte dos recursos para que a matéria fosse aprovada, o que não aconteceu até então, embora o projeto sinalize que a origem seria o superávit dos royalties do petróleo e outras receitas extras.
Além da não aprovação do subsídio, Bruno afirmou que o aumento é inevitável também pela perda de passageiros durante a pandemia, o que acarretou em uma queda de arrecadação de R$ 24,5 milhões por mês, e o aumento do óleo diesel, que saiu dos 18,5% para os 28,5% de custo total do serviço de transporte público.
Como contrapartida para o aumento, as empresas que operam a frota de transporte público na cidade deverão colocar 170 novos ônibus, com ar-condicionado, em circulação nos próximos meses.
Pode diminuir depois
Bruno disse também que, caso o projeto seja aprovado no plenário da Câmara, o reajuste pode ser diminuído ou até mesmo revertido. "Vamos seguir lutando tentando que o projeto seja aprovado porque esses recursos virão para ajudar a equilibrar o sistema e, naturalmente, a parte que cabe a população. Tendo recurso federal, a gente evita o reajuste de inflação no período", afirmou.
Na coletiva, o prefeito repetiu que o problema nos sistemas de transporte por ônibus ocorre nacionalmente e citou capitais como Teresina e Rio de Janeiro, que sofreram com greves dos rodoviários e milícias, respectivamente.
Ao ser questionado sobre o retorno do Domingo é Meia, programa que concedia meia passagem aos domingos, ele disse mais uma vez que ainda não há condições de volta. "Quando o sistema reequilibrar e a gente voltar a transportar o número de passageiros que transportávamos antes, a gente volta. O Domingo é Meia representa R$ 5 milhões por mês e R$ 60 milhões por ano. Diante de uma situação excepcional como essa, não temos condições de retornar", reiterou.
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