FACÇÃO CRIMINOSA
Presos e mortos: Katiara vem perdendo força gradativamente
Facção criminosa gerou guerra durante operação que matou policial federal
Por Redação Portal MASSA!
Era 15 de setembro de 2023 quando policiais federais e civis invadiram ‘de com força’ o bairro de Valéria, em Salvador. Em meio à pesada trocação, o agente federal Lucas Caribé foi atingido e não resistiu aos ferimentos. De bate-pronto, em março deste ano, dois integrantes da facção criminosa Katiara foram ladeira abaixo, em uma nova operação na mesma região.
No meio dos integrantes estava uma das lideranças, Pablo Ricardo de Assis Gomes Oliveira, conhecido pelo vulgo de ‘Pablo Escobar’, e um dos soldados braço direito do alto escalão, Carlos Alessandro Santana Santos, chamado pelo apelido de ‘Cachinho’. A dupla tinha ligação com crimes como tráfico de drogas e homicídios.
De forma semelhante, outro ‘chapa quente’ da Katiara, chamado de Regivaldo Vasconcelos do Nascimento, que também atendia pelo vulgo de ‘Boneco’, foi de base em mais uma operação das forças de segurança da Bahia.
Ele, em especial, tinha o poder de atração. Foi das mãos dele que saiu a execução de um jovem, de 13 anos, que marcou um encontro romântico com uma garota no bairro de Castelo Branco, também na capital baiana.
Fundação
Se de um lado, as perdas foram 'on fire', do outro, há quem diga que a facção tem botado pocando. Reflexo disso é a transferência de Adilson Souza Lima para o presídio de segurança máxima de Serrinha (BA), no último dia 14 de maio.
O fundador da Katiara, de apelido ‘Roceirinho’, foi preso em setembro de 2012, quando parou no Complexo Lemos de Brito, em Mata Escura.
Dois anos depois, ele brotou no presídio de Serrinha, mas, após retornar à capital, gerou muita agonia a ponto de ter novamente o pedido solicitado pela Justiça.
“Quando se percebe que há uma concentração, uma determinada unidade de líderes, de organizações criminosas, pessoas que têm uma ficha mais pesada, para não fortalecer o crime e a convivência lá dentro, eles são transferidos. Isso acontece todos os dias, é uma coisa que é muito corriqueira”, relatou uma fonte ligada à Secretaria de Administração e Ressocialização (Seap) ao Portal MASSA!.
Liberdade
Sem arder no inferno, outro ‘cabeça’ da Katiara viu ‘lili cantar’ também no dia 14. Marilton Nunes de Jesus bateu asas do Conjunto Penal de Lauro de Freitas, também na Bahia. Antes em regime semiaberto, mas com a dificuldade de conseguir emprego, o indivíduo ficou a maior parte do tempo na detenção.
Ainda assim, uma decisão judicial o colocou para respirar novos ares. Em contrapartida, à liberdade, Mamai, como era o vulgo do cara, foi flagrado várias vezes usando drogas dentro do presídio. Ele era sanguinário e tinha o hábito de ser vingativo.
Não só a Katiara
De dentro do presídio, por exemplo, Roceirinho mandava e desmandava nos soldados que atuavam na incansável ‘Game of Thrones’. Ligações, advogado e defesa eram alicerces para ordenar assassinatos, assaltos, entre outros crimes.
Para manter o GPS online e roteando, não só a Katiara, mas, neste caso, a Katiara, faz proveito de uma velha estratégia conhecida por todos: a ‘cesta de 3’ dos arremessos de fora para dentro das prisões.
No caso do Complexo da Mata Escura, por exemplo, a facilidade se dá pelo fato do terreno estar em uma zona de muito mato. O acesso por outros trechos, por vezes, são suficientes para ‘derrubar’ equipamentos como body scan, revistas e detectores de metais.
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