CASO LUCAS TERRA
Réus se contradizem e clima esquenta durante julgamento
Bispos acusados pelo crimes chegaram a discutir durante oitiva desta quinta-feira, 27
Por Leo Moreira
As contradições entre os depoimentos dos réus do caso do assassinato do adolescente Lucas Terra, encontrado morto em um caixote, em 2001, após ser abusado e queimado vivo, chamaram a atenção no início da manhã desta quinta-feira, 27, no Fórum Ruy Barbosa.
Durante a fala de Fernando Aparecido, um dos acusados, ele diz ter conversado com o outro réu, Joel Miranda, após os dois terem sido acusados pelo crime. A declaração dita diante da juíza contradiz o que Joel havia falado pouco antes no mesmo tribunal.
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Repetitivamente, o pastor Joel negou ter tido qualquer tipo de conversa com Fernando a respeito da morte de Lucas e do crime, mesmo depois que os dois foram presos sob a acusação de participação no assassinato do jovem obreiro da Igreja Universal do Reino de Deus.
Questionado sobre uma proibição de buscas que ele teria dado em uma reunião da Igreja, Fernando negou e afirmou que nunca disse a frase 'soldado morto não se leva nas costas'. A frase foi atribuída a ele por várias testemunhas de acusação durante o julgamento. "E não mandei cessar as buscas. O que pedi, foi para que os obreiros não espalhassem boatos".
Fernando ainda disse que a relação de Lucas com ele durante o período no qual o jovem frequentava a Igreja era igual e de todo mundo. Ele salientou que só havia visto Lucas e o pai na catedral quando os dois procuraram ele e disseram que estavam em Salvador. No dia do crime, ele voltou a ver a vítima.
"Ele veio com um outro rapaz dizendo que queria falar comigo, mas eu tava muito ocupado e disse que falaria depois. Ele perguntou se eu estaria a noite na Igreja e eu disse que sim", afirmou.
O clima esquentou e houve bate boca entre defesa e acusação por algumas vezes. Fernando chegou a chorar e voltou a se declarar inocente. O julgamento entrou em intervalo e volta pela tarde com o debate entre acusação e defesa
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