ENCONTRO NACIONAL DO PODER JUDICIÁRIO
Secretária do CNJ reforça uso de linguagem simples no poder judiciário
Adriana Cruz pontuou que uma linguagem mais rebuscada acaba afastando
Por Bernardo Rego e Leilane Teixeira
Durante evento que marcou o 17º Encontro Nacional do Poder Judiciário (ENPJ) que aconteceu no Centro de Convenções de Salvador, nesta segunda-feira, 4, a secretária-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Adriana Cruz, falou sobre a importância da realização do evento como forma de trazer a sociedade para uma relação mais próxima com a Justiça.
"Momento importante para o poder judiciário, porque há uma demanda por celeridade processual, por maior eficiência por parte da população e o judiciário tem consciência disso. Esse evento marca um encontro para debater metas que vão nortear o trabalho de todos os tribunais, além de uma construção colaborativa sobre o que vai ser cumprido em 2024", ressaltou.
Cruz aproveitou a oportunidade para falar sobre o lançamento do pacto pela linguagem acessível como uma maneira de simplificar a linguagem técnica. "É preciso que as pessoas se sintam em um lugar de pertencimento e, para isso, elas precisam entender o que está sendo tratado. Uma linguagem rebuscada acaba afastando e a partir daí veda o acesso à Justiça. Portanto, nós vamos fazer uma tradução da linguagem técnica indispensável e assim como estimular a substituição de expressões muito rebuscadas. Reforçar também que os julgamentos sejam mais breves com votos em versões resumidas e fomentar as boas práticas que já estão sendo praticadas em todo o Brasil", salientou.
Sobre o evento
Para além da programação tradicional – que inclui debates sobre temas atuais da Justiça brasileira e culmina na aprovação das Metas Nacionais do Poder Judiciário para o próximo ano, o 17.º ENPJ apresentará expressões culturais até a terça-feira, 5. Na abertura do evento, um grupo dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba) executará o Hino Nacional brasileiro.
Na mesma solenidade, o bloco afro mais antigo e conhecido do país, o Ilê Aiyê, entoará o hino do estado da Bahia. Fundado em 1974, o bloco nasceu com a proposta de ser formado exclusivamente por pessoas negras. A medida pioneira reforçou a representatividade e a cultura do povo negro no país.
No dia de abertura do 17.º ENPJ, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, fará palestra magna sobre “Magistratura, eficiência do Poder Judiciário e uso das tecnologias”. Esta é a primeira edição do evento sob a gestão do ministro Barroso.
Ao final do último dia, serão apresentadas as Metas Nacionais do Judiciário para 2024. As metas representam o compromisso dos tribunais brasileiros com o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, de maneira a proporcionar à sociedade um serviço mais célere, eficiente e de qualidade.
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