SALVADOR
Diretora do BNDES destaca potencial do país na transição energética
Luciana Costa foi uma das palestrantes do Workshop Bahia Estado Sede do Refino Verde no Mundo
Por Isabela Cardoso
A diretora de Infraestrutura, Transição Enérgica e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Luciana Costa, destacou que o Brasil possui uma matriz energética e elétrica mais renovável que outras grandes economias. No entanto, o país tende a enfrentar desafios no custo de capital.
“O Brasil sai na frente nessa transição, ele já tem uma matriz energética e uma matriz elétrica mais renovável do que as outras grandes economias. No entanto, o mundo está levantando barreiras comerciais e subsídios. Estados Unidos, Europa, Japão, China, Austrália, estão subsidiando investimentos em hidrogênio verde. Os fundamentos no Brasil são melhores para investimento em hidrogênio verde, mas não necessariamente os investimentos vêm pra cá, porque a gente não pode nem subsidiar pela falta de espaço fiscal para isso. Então o nosso grande desafio é como é que a gente, como nação, se organiza para fomentar esses investimentos e consegue atrair esses investimentos apesar do custo de capital mais alto”, disse Costa, em entrevista ao Portal A TARDE.
Luciana foi uma das palestrantes do Workshop Bahia Estado Sede do Refino Verde no Mundo, na tarde desta segunda-feira, 10, em Salvador. O evento aconteceu na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), no bairro do Stiep.
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Com o tema sobre transição energética justa, a diretora ressaltou a necessidade de investimentos que sejam pagos por países que geraram a camada de carbono na Terra.
“A transição energética precisa ser financiada, vai requerer altos investimentos em novas formas de energia e infraestrutura. Então, quem paga essa conta? Precisa ser justa porque os países mais pobres, que são os países que não geraram a camada de carbono que envolve a terra e hoje promove o aquecimento global, não podem pagar essa conta e nem as populações mais pobres.O conceito de transição energética justa é que o mundo migre para um mundo de baixo carbono, para uma economia neutra em carbono em 2050”, pontuou Luciana.
Encaminhamentos
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida, destacou que o workshop foi finalizado com encaminhamentos e tratativas que também incluem a formação de grupos de trabalho.
"Tanto o BNDES quanto a Petrobras se manifestaram abertos a recepcionarem o projeto do Brasil Refino Verde (BRV), com a possibilidade de estudarem uma modelagem de uma sociedade com a participação das duas estatais. O BNDES está avaliando a possibilidade de contribuir com equity, ou seja, investir diretamente no empreendimento como acionista. Com o apoio inicial da Petrobras e do BNDES, outras empresas já demonstraram interesse em participar do projeto BRV, ampliando assim o potencial de investimento e desenvolvimento sustentável no setor de refino", ressalta Almeida.
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