LEMBRANÇAS!
“Ele era único”: lembra mãe de enfermeiro baiano vítima de acidente aéreo
O acidente vitimou cinco baianos, entre eles o enfermeiro Erisson Silva, de 34 anos
Por Luan Julião
A queda de um avião de pequeno porte em Santa Branca, interior de São Paulo, durante uma tempestade, na última quarta-feira, 23, resultou na morte de cinco pessoas, todas baianas. Entre as vítimas estava Erisson Silva, de 34 anos, um enfermeiro dedicado e conhecido por sua responsabilidade e amor pela profissão. Em uma entrevista emocionante ao Portal A TARDE, Edilene Silva, mãe de Erisson, compartilhou memórias de seu filho e seu orgulho pela trajetória de vida dele.
Nascido e criado no bairro de Periperi, em Salvador, Erisson construiu sua carreira em enfermagem com seriedade e carinho. Formado pela Universidade Católica de Salvador, ele era um profissional altamente respeitado, atuando tanto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português quanto na Abaeté Aviações. Segundo Edilene, a dedicação de Erisson ao trabalho e à família era constante, algo que ela fez questão de destacar ao relembrar os valores e a ética que ele carregava.
Leia também:
>> "Ser humano incrível e de luz": família chora morte de copiloto
>> Homem é suspeito de tentar matar esposa e duas enteadas em Casa Nova
>> Vídeo: homem é flagrado furtando cabos de semáforo em Salvador
"Um filho que era um presente de Deus"
"Falar de Erisson é falar de uma pessoa que me fez muito feliz nessa terra", desabafou a mãe, emocionada. Para Edilene, Erisson foi um verdadeiro presente de Deus, um filho que “nunca deu trabalho, apenas alegrias.” Ela contou que, desde pequeno, ele se destacava pela maturidade e pelo respeito. Ao terminar o colegial aos 17 anos, Erisson ingressou no curso de Enfermagem, onde nunca reprovou em nenhuma matéria e se formou aos 22 anos, iniciando sua carreira de forma promissora.
"Ele era uma pessoa amiga, um bom filho, sempre me respeitou. Nunca me deu trabalho, nem como criança, nem como adolescente. Sempre foi motivo de orgulho," revelou Edilene. Além disso, ela destacou a honestidade e a seriedade do filho em tudo o que fazia. “Se você perguntar à família, aos amigos, todos só têm coisas boas para falar de Erisson. Ele era uma presença iluminada e sempre animava o ambiente nas reuniões familiares”, compartilhou.
Um casamento marcado pelo amor
Há dois anos, Erisson oficializou sua união com a esposa, após oito anos de relacionamento. Para Edilene, a nora se tornou mais uma filha. “Eles se amavam muito, e o casamento deles foi lindo. Era como um presente de Deus para mim também,” contou. Ela destacou o apoio constante ao casal, e como ambos traziam felicidade à família.
Dedicado à profissão e à família
Edilene relatou o compromisso de Erisson com a carreira que escolheu. Atuando na linha de frente do cuidado em saúde, ele era reconhecido pela seriedade e dedicação. “Ele não faltava, não se atrasava, era muito responsável. E sempre tratava os pacientes e colegas com o maior respeito,” afirmou.
Além de sua dedicação profissional, Erisson era também um pilar para a família. “Ele se preocupava muito com todos, não media esforços para ajudar, fosse eu, fosse minha mãe ou qualquer familiar. Era o primeiro a chegar quando alguém precisava,” destacou Edilene, lembrando dos conselhos sábios que ele sempre oferecia, inclusive sobre sua própria saúde.
O legado de Erisson
Para Edilene, a dor da perda é imensa, mas sua fé a consola. Ela acredita que Erisson, um filho amoroso e dedicado, deixou uma marca profunda na vida de todos que o conheceram. "Ele já está fazendo muita falta. Sinto a falta dele a cada dia, mas sei que Deus está me ajudando a lidar com isso,” afirmou.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes