LAURO DE FREITAS
Estudantes da Unime farão protesto por causa de insegurança na unidade
Na terça-feira, uma aluna teve o carro e celular roubados no estacionamento da faculdade
Por Da Redação
Após momentos de terror vivido por uma estudante da União Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME), durante um assalto dentro da unidade de Lauro de Freitas, a comunidade estudantil resolveu se unir em um protesto, na tarde desta quarta-feira, 8.
"Uma colega foi vítima de um assalto, perdendo seu carro e celular. Diante desse incidente, é imperativo que tomemos medidas imediatas", diz a nota de convocação que circula nas redes sociais.
O grupo deve se reunir às 17h30, em frente às cancelas da faculdade, local onde o crime foi cometido. Já o ato, está programado para às 18h.
"Vamos nos fazer ouvir e exigir uma segurança de qualidade dentro de nossa instituição", acrescentou.
A estudante Renata Rossi, aluna do curso de odontologia, conversou com o Portal A TARDE e disse que, na unidade, funcionam repartições da prefeitura de Lauro de Freitas e que, por isso, a unidade alega que não pode controlar a entrada das pessoas.
"Esta questão de ontem deixou todo mundo mais assustado ainda, porque lá dentro da faculdade tem a Secretaria de Saúde de Lauro de Freitas e tem também a unidade de saúde Nelson Barros. E eles alegam que não podem identificar quem entra na faculdade por questões públicas, mas cobram estacionamento para gente. E quando começaram a cobrar, o e-mail que enviaram foi falando que era para poder melhorar a segurança, e não melhorou", disse.
Renata ainda falou que, a partir das 22h, as cancelas do estacionamento são liberadas e, desta forma, o controle de quem entra na faculdade fica ainda mais prejudicado.
"Eles abrem as cancelas às 22h para o pessoal do noturno não pagar estacionamento, e aí, a cancela aberta, como é que eles vão ter controle de quem está entrando?", questiona.
Assalto no estacionamento
O caso aconteceu na noite de terça-feira, 7, por volta das 21h30, e foi denunciado à reportagem do Portal A TARDE pelo filho da vítima. Segundo ele, a mãe foi surpreendida por um homem dentro do estacionamento da unidade de ensino.
"Terminou a aula e ela foi para o carro. Tinha um cara sentado na calçada. O carro estava a três vagas da catraca. Nisso, ela destrancou o carro e entrou. Na sequência, o cara já abriu a porta e colocou a cabeça para dentro. Assustada, ela gritou. O cara então falou: 'Não grite. Passe para o lado, passe para o lado'", contou o filho da vítima, que preferiu não se identificar.
Segundo ele, a mãe tentou convencer o bandido a apenas levar o veículo. "Não, leve só o carro". Porém, o suspeito insistiu que ela permanecesse no automóvel e continuou a mandar ela passar para o banco do carona.
"Nisso, o cara saiu dirigindo pela Unime. Ele passou a cancela e ela pediu: 'Me deixe aqui'". Ainda conforme o relato, o suspeito disse que só deixaria ela sair do carro no lado externo da unidade. Quando o veículo chegou na rua, já do lado de fora da faculdade, o bandido liberou a vítima.
Antes de ir embora, o suspeito ainda mandou a vítima desbloquear o aparelho celular e fez várias perguntas sobre o carro antes de levar: "O carro tem seguro? Bloqueador? Rastreador?"
Insegurança cobrada
De acordo com o filho da vítima, uma empresa especializada foi colocada para cuidar da segurança no estacionamento. O motivo seria justamente a frequência de assaltos cometidos na localidade, inclusive, dentro no estacionamento da faculdade. Após a implementação, os estudantes passaram a pagar R$ 60 por mês pelo estacionamento, além da mensalidade. Avulso, o valor cobrado é de R$ 5 após 15 minutos.
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